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Greve geral é adiada na Espanha

Primeiro-ministro acredita em reforma trabalhista para tirar país da crise

Presidente Lula e o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero: governo deve aprovar na quinta-feira (20/5) corte de gastos em até 15 bilhões de euros (.)

Presidente Lula e o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero: governo deve aprovar na quinta-feira (20/5) corte de gastos em até 15 bilhões de euros (.)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2010 às 18h11.

Madri - Centrais sindicais espanholas decidiram adiar a greve no setor público para 8 de junho enquanto esperam por mais detalhes sobre as medidas do governo contra o déficit orçamentário.

O governo afirmou na semana passada que reduzirá os salários de funcionários públicos e diminuirá os investimentos. Foram as medidas mais duras até então contra o déficit, que para alguns podem aprofundar a crise na zona do euro.

"Vamos saber os detalhes do impacto dos cortes do governo em 20 de maio, então por razões de organização nós decidimos adiar a greve até 8 de junho", disse um porta-voz da UGT, segunda maior central sindical do país, nesta segunda-feira.

O governo deve aprovar em 20 de maio no gabinete os cortes de gastos, que somam 15 bilhões de euros em dois anos. Eles foram anunciados após a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) desenharem um pacote de 1 trilhão de dólares a países da zona do euro que enfrentem problemas.

O governo estuda reduções salariais entre 2 e 8 por cento para empregados civis, poupando 4 bilhões de euros. A maioria dos 2,8 milhões de funcionários públicos da Espanha ganha entre 1.200 e 3.000 euros por mês, informou o diário El País na segunda-feira.

Enquanto isso, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que está confiante em alcançar uma reforma trabalhista, vista como crucial para tirar a economia da pior recessão em 50 anos.

"A melhor reforma trabalhista será aquela que tenha mais apoio", disse Zapatero a jornalistas, na cúpula entre União Europeia e América Latina, em Madri.

O desemprego na Espanha é o maior da zona do euro, a 20 por cento no primeiro trimestre.

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