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Greenpeace condena Zara por uso de produtos perigosos

Greenpeace organizou manifestações em lojas da Zara em França, Alemanha, Espanha, Suécia e México para denunciar o uso de produtos tóxicos nos tecidos usados pela marca


	Zara respondeu ao estudo, informando na sexta-feira que "deseja" cessar todo uso de substâncias perigosas em suas peças
 (Cris Simon/EXAME.com)

Zara respondeu ao estudo, informando na sexta-feira que "deseja" cessar todo uso de substâncias perigosas em suas peças (Cris Simon/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2012 às 15h36.

São Paulo - O grupo ambientalista Greenpeace realizou neste sábado uma série de "ações de sensibilização" em frente a lojas da marca espanhola Zara, como parte de uma campanha contra o uso de substâncias perigosas nos tecidos de suas peças.

O Greenpeace organizou manifestações em frente às lojas da Zara em França, Alemanha, Espanha, Suécia e México para denunciar o uso de produtos tóxicos nos tecidos usados pela marca, e a falta de compromissos da empresa com relação ao tema, informou a ONG em Paris.

Militantes da organização simularam desfiles de moda, com modelos usando máscaras de proteção contra produtos químicos. Apenas na França foram feitas estas manifestações em frente a 19 lojas da Zara, inclusive a situada na avenida Champs Elysées.

Na cidade de Toulouse, vinte manifestantes do Greenpeace exibiam cartazes que denunciavam a "Zara Tóxica". Em Nice, um grupo de manifestantes exibia máscaras de proteção e cartazes onde se lia "Tóxico".

"Decidimos atacar a Zara porque é uma das principais marcas de moda prêt-à-porter na França. C&A e Marks and Spencer já limparam sua cadeia produtiva e é o momento de a Zara limpar a sua", disse à AFP Nadine Kerdat, militante do Greenpeace em Nice.

Enquanto isso, em Lyon, um grupo de militantes organizou o desfile de "moda tóxica" em frente à loja da Zara na praça Bellecour, diante de uma multidão de curiosos.

O dia de protestos ocorre depois da publicação de um informe do Greenpeace initulado "A face tóxica da moda", em que o organismo revela o resultado de análises feitas com peças das maiores marcas mundiais.

Estes estudos revelaram a presença de etoxilatos de nonilfenol, produtos considerados suspeitos de afetar a reprodução humana e incidir em certos tipos de câncer.

A Zara respondeu ao estudo, informando na sexta-feira que "deseja" cessar todo uso de substâncias perigosas em suas peças.

O Greenpeace, no entanto, considerou a resposta "insuficiente" e pediu à marca que "adote um compromisso confiável e ambicioso para parar de usar estas subsâncias químicas perigosas".

O serviço de imprensa da Zara na Espanha não pôde ser localizado no sábado.

Segundo o Greenpeace, outras grandes marcas como Puma, Adidas, Nike, H&M, Marks and Spencer e Li-Ning já se comprometeram a não usar qualquer substância perigosa em seus produtos.

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