Mundo

Grécia recebe entre alívio e ceticismo perdão de metade de sua dívida

O acordo permite um corte de 50% da dívida grega, com o objetivo de que em 2012 as obrigações de pagamento gregas equivalham a 120% do PIB, e não a 180% como previsto

Citando fontes do governo, o jornal digital 24hr.gr diz que Papandreou está satisfeito com o acordo, mas também preocupado com as condições do novo pacote de resgate (Louisa Gouliamaki/AFP)

Citando fontes do governo, o jornal digital 24hr.gr diz que Papandreou está satisfeito com o acordo, mas também preocupado com as condições do novo pacote de resgate (Louisa Gouliamaki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 08h35.

Atenas - A imprensa e a classe política grega reagiram entre o entusiasmado e ceticismo ao acordo alcançado nesta madrugada que perdoa a Grécia em metade de sua dívida, mas a obriga a continuar com as políticas de economia.

"Evitamos o risco de quebra da nação", traz a capa do jornal Kathimerini, reproduzindo as palavras do primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, ao fim da cúpula da zona do euro na quarta-feira à noite.

O acordo dá sinal verde para um corte de 50% da dívida grega, com o objetivo de que em 2012 as obrigações de pagamento gregas equivalham a 120% do Produto Interno Bruto (PIB), e não a 180% como previsto.

Citando fontes do governo, o jornal digital 24hr.gr diz que tanto Papandreou quanto o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, estão satisfeitos com o acordo, mas também preocupados pelos esforços adicionais necessários devido às condições do novo pacote de resgate.

Entre as preocupações as perdas que o calote representará para os bancos e os fundos de pensões que têm títulos de dívida estatal

A tônica na imprensa grega foi que o acordo confirma o controle estrangeiro sobre a economia grega e a intromissão da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nas políticas nacionais.

O maior partido da oposição, o conservador Nova Democracia, criticou com dureza o acordo e advertiu que não apoiará as mudanças.

Papandreou ainda tem de conseguir o sinal verde do Parlamento ao acordo da madrugada, uma aprovação em princípio assegurada já que a sua legenda, o Partido Socialista, tem 153 das cadeiras da Câmara.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal