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Grécia expulsa dois diplomatas russos por práticas ilegais

A Grécia acusa os diplomatas russos de divulgar informações confidenciais e de tentar subornar funcionários do Estado

A Rússia teria feito esforços para expandir sua influência sobre a Grécia e os Balcãs (Aris Messinis/AFP)

A Rússia teria feito esforços para expandir sua influência sobre a Grécia e os Balcãs (Aris Messinis/AFP)

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EFE

Publicado em 11 de julho de 2018 às 10h21.

Atenas - A Grécia decidiu expulsar dois diplomatas russos, assim como proibir a entrada no país de outros dois, acusados de intrusão nos assuntos nacionais e de atos ilegais contra a segurança nacional, segundo confirmou nesta quarta-feira o porta-voz do Governo, Dimitris Tzanakopoulos.

"A Grécia, no marco de sua política externa, quer manter boas relações com todos os Estados. Mas estes devem respeitar o direito internacional e nacional, assim como o Governo e Estado gregos", declarou Tzanakopoulos em entrevista à rede de televisão privada "SKAI".

"Reagimos cada vez que foi necessário e o mesmo faremos agora", acrescentou.

Atenas acusa os diplomatas russos de extrair e distribuir informação confidencial, assim como de tentar subornar funcionários do Estado; uma informação revelada primeiro por fontes diplomáticas gregas ao jornal "Kathimerini".

Supostamente a Rússia teria feito diversos esforços coordenados para expandir sua influência sobre a Grécia e os Balcãs, como intervir contra as negociações do acordo com a Antiga República Iugoslava da Macedônia para encerrar a disputa sobre o nome deste país.

Além disso, segundo informações, os diplomatas teriam tentado influenciar câmaras municipais com subornos, assim como a hierarquia da Igreja ortodoxa da Grécia e o Monte Athos, um local emblemático para os ortodoxos que o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, visitou em 2016.

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