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'Grécia e seus vizinhos vão falir em 18 meses', diz colunista da CNBC

Dennis Gartman diz que os PIIGS vão sucumbir e nem o pacote de 110 bi de euros pode salvar a Grécia do calote

Investidores dizem que situação da dívida pública na Grécia e nos PIIGS em geral é 'insustentável' (Milos Bicanski/Getty Images)

Investidores dizem que situação da dívida pública na Grécia e nos PIIGS em geral é 'insustentável' (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 08h19.

São Paulo – O investidor estrategista Dennis Gartman, colunista do programa Fast Money, da rede de televisão norte-americana CNBC, diz que Grécia, e seus vizinhos que formam os PIIGS (Portugal, Espanha, Irlanda e Itália) vão falir em até 18 meses.

Colaborador do Fast Money desde 2008, Gartman afirma que, no curto prazo, os problemas de endividamento destes países serão contornados. Mas em um ano e meio, no máximo, todos os países vão sucumbir por não conseguir se livrar dos rombos da dívida pública.

Segundo o investidor, nem mesmo o recém-aprovado empréstimo de 110 bilhões de euros que a União Europeia deve conceder à Grécia nas próximas semanas vai livrar o país dos apuros fiscais em que se envolveu.

Gartman não está sozinho nesta previsão catastrófica. Jon Najarian, investidor que escreve para um blog da CNBC, confirma a previsão de que os PIIGS vão mesmo à bancarrota. Mas ele estima um tempo maior para a falência – de três a cinco anos.

“As dívidas destes países são insustentáveia. E a coisa errada a se fazer é aumentar os impostos, que é exatamente o que eles estão fazendo”, diz Najarian. Gartman concorda. Para ele, não há como um aumento dos impostos ser útil em um momento em que o desemprego na Grécia chega perto dos 20%.

Pacote
No dia 29 de junho, o parlamento grego aprovou um novo pacote de austeridade, que inclui cortes pesados nos gastos públicos e aumento dos impostos.

A aprovação das medidas era a condição imposta pela Zona do Euro à Grécia para que o país receba nova ajuda financeira de 110 bilhões de euros e evite um calote na dívida pública.

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