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Grampo da NSA foi muito além do celular de Merkel

A espionagem feita pela agência de segurança nacional dos EUA na Alemanha envolveu vários ministros, segundo a imprensa local


	Chanceler alemã, Angela Merkel: a agência americana se interessou particularmente pelas atividades dos ministérios das Finanças, Economia e Agricultura
 (Fabrizio Bensch/Files/Reuters)

Chanceler alemã, Angela Merkel: a agência americana se interessou particularmente pelas atividades dos ministérios das Finanças, Economia e Agricultura (Fabrizio Bensch/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 23h34.

Berlim - A espionagem praticada pela agência de segurança nacional (NSA) dos Estados Unidos na Alemanha foi muito além do "grampo" contra o celular da chanceler Angela Merkel, e envolveu vários ministros, informa nesta quarta-feira o jornal Suddeutsche Zeitung, que cita documentos divulgados pelo WikiLeaks.

Segundo o jornal de Munique, que relaciona diversos números "grampeados" pela NSA nos anos 2010-2012, a agência americana se interessou particularmente pelas atividades dos ministérios das Finanças, Economia e Agricultura.

"O atual ministro da Economia e vice-chanceler, Sigmar Gabriel, que na época estava na oposição, suspeita que foi e ainda está sendo alvo de escuta" da NSA, revela o jornal.

Na lista de "grampos" está o número do antigo ministro das Finanças Oskar Lafontaine, que abandonou o cargo em 1999, mas o telefone "continua ativo" na secretaria do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble", destaca o Süddeutsche Zeitung.

Os alemães, muito sensíveis sobre sua privacidade devido à experiência com as ditaduras nazista e comunista, ficaram chocados com as revelações do ex-consultor de inteligência da NSA Edward Snowden sobre o vasto sistema de vigilância eletrônica praticado pelos Estados Unidos.

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