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Graça Machel volta à vida pública após morte de Mandela

A viúva de Nelson Mandela anunciou sua volta à vida pública, após seis meses de luto pela morte do ex-presidente sul-africano


	Ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela com sua esposa Graça Machel
 (Elmond Jiyane/GCIS - Government Communication and Information System/Divulgação)

Ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela com sua esposa Graça Machel (Elmond Jiyane/GCIS - Government Communication and Information System/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 08h52.

Johanesburgo - A viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, anunciou nesta sexta-feira sua volta à vida pública em comunicado de sua fundação, após seis meses de luto pela morte do ex-presidente sul-africano.

"Graça Machel voltará a seu papel ativo de advogada global dos direitos das mulheres e das crianças", diz o comunicado

"Perdi meu melhor amigo, meu querido marido e guia", afirma Graça no texto, no qual agradece o afeto recebido após o falecimento de seu companheiro.

"Em Madiba -como Mandela era conhecido em seu país- encontrei uma alma gêmea e também um advogado pelos direitos das crianças e das mulheres", disse a moçambicana, que lembrou que "o rico legado" do mítico presidente "promove a justiça, a compaixão e a solidariedade".

Machel fez referência ao "último desejo de Mandela": a construção de um grande hospital infantil que leve seu nome.

"É também meu sonho, e desejo que possa virar realidade enquanto estiver viva", explicou a viúva de Mandela.

A fundação que trabalha no projeto do hospital anunciou na segunda-feira a empresa ganhadora do concurso público para construir a infraestrutura, que estará situada no bairro de Parktown, no norte de Johanesburgo e perto da casa do bairro de Houghton onde Mandela morreu em 5 de dezembro, aos 95 anos.

Os trabalhos de construção começaram nesta semana, e espera-se que o primeiro quarto da obra esteja acabado em 2016.

O hospital espera dar trabalho a 150 médicos e 451 enfermeiros.

Graça disse também que seguirá trabalhando para melhorar a vida das mulheres na África, e que lutará para "proteger os direitos das crianças", "acabar com o casamento infantil" e promover a educação de qualidade.

"Como parte do meu trabalho pela democracia e a boa governança na África e internacionalmente, quero contribuir para dar forma à nova agenda global do desenvolvimento", acrescentou Machel, que foi figura destacada da luta contra o colonialismo português em Moçambique e foi ministra da Educação e Cultura após a independência.

Machel, que também é empresária e tem negócios nos setores das telecomunicações, energia e a imobiliária, é também a viúva do lendário líder moçambicano Samora Machel, com quem esteve casada até sua morte em um acidente de avião.

A ativista de 68 anos se casou com Mandela em 1998, e foi sua terceira esposa.

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