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Governo Trump faz campanha para reorientar agenda política

A Casa Branca pretende moldar o debate que deve ocorrer mais adiante sobre a reforma tributária nos Estados Unidos

Donald Trump: Durante os seis primeiros meses, narrativa do governo saiu do controle em vários momentos (Kacper Pempel/Reuters)

Donald Trump: Durante os seis primeiros meses, narrativa do governo saiu do controle em vários momentos (Kacper Pempel/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de julho de 2017 às 15h53.

Última atualização em 16 de julho de 2017 às 15h56.

Washington - A Casa Branca inicia nesta segunda-feira (17) uma campanha de três semanas voltada a reorientar o foco na agenda do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e moldar o debate que deve ocorrer mais adiante sobre a reforma tributária no país. A campanha "Made in America", que começa com o presidente destacando produtos feitos localmente de todo o país, é a mais recente tentativa da equipe de comunicações de Trump para controlar uma narrativa que em vários momentos saiu do controle, durante esses seis meses de governo.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que o governo trabalha para ampliar o acesso ao seguro-saúde e para reduzir os custos para os trabalhadores do país. O Senado pode votar em breve legislação sobre o tema, na segunda tentativa republicana nesse sentido. O esforço de marketing da Casa Branca na semana, porém, será no "fabricado nos EUA", não na reforma da saúde.

Em uma estratégia para impor uma mensagem disciplinada, a equipe de comunicações realiza uma série de "semanas temáticas" a fim de orientar tanto o presidente como outros nomes do comando do governo sobre um assunto por vez. Durante a primeira semana completa de junho, a Casa Branca declarou que se concentraria em infraestrutura. Depois se seguiram temas como energia, desenvolvimento da força de trabalho e tecnologia.

A estratégia temática recebeu avaliações variadas, internamente. Trump ficou em geral satisfeito com a ideia, segundo uma fonte ligada ao assunto. Mas um graduado membro do governo disse que essas semanas temáticas expuseram a Casa Branca como "simplória". Um segundo importante nome do governo qualificou a ideia como "estúpida", especialmente durante um mês em que a reforma na saúde era a prioridade. Um porta-voz da Casa Branca não quis comentar as críticas.

Em relação à reforma tributária, Spicer diz que a intenção é reforçar o argumento em favor dela, identificando trabalhadores e companhias que se beneficiariam com as mudanças. Fonte: Dow Jones Newswires.

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