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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2012 às 18h32.
Praga - O governo da República Tcheca impôs nesta quinta-feira uma proibição de aplicação imediata sobre todas as exportações de álcool de mais de 20 graus após a morte de 23 pessoas por beber licor adulterado com metanol.
O primeiro-ministro tcheco, Petr Necas, anunciou hoje a medida em entrevista coletiva depois que na quarta-feira a Comissão Europeia advertiu que se Praga que não tomasse medidas a respeito enfrentaria a imposição de uma proibição sobre as importações de álcool do país centro-europeu por parte de seus sócios europeus.
Necas assegurou que preferia tomar a medida a esperar a que a Comissão impusesse a proibição porque dessa maneira ''a supressão de barreiras à exportação estará nas mãos das autoridades tchecas''.
Desde o último dia 6 de setembro, as intoxicações pelo consumo de álcool adulterado com metanol já mataram 23 pessoas no país e quase 50 estão hospitalizadas, segundo a imprensa tcheca.
Pelo menos 30 pessoas foram detidas nas operações policiais contra as redes de venda e produção de álcool adulterado desde que se registraram as primeiras mortes.
Na sexta-feira passada o governo ordenou a proibição da venda de álcool de mais de 20 graus para deter a onda de intoxicações, uma medida que pretende suspender de forma gradual a partir de meados da próxima semana.
As autoridades tchecas querem introduzir com urgência maiores controles sobre a venda de álcool, como novos selos fiscais e certificados de procedência para garantir a qualidade da bebida.
Segundo a imprensa tcheca, os primeiros dados da investigação policial indicam que o envenenamento se produziu ao substituir etanol por metanol proveniente de líquidos limpadores de parabrisas anticongelantes importados da Polônia.