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Governo sírio não quer negociar fim da guerra civil

ÀS SETE - Até a tarde de ontem, o governo do país não tinha confirmado presença na reunião organizada pela ONU para discutir o futuro do país

SÍRIA: soldado sírio espera atendimento em Raqa. País caminha para fim da guerra civil, que deve manter Asaad no poder / REUTERS | Goran Tomasevic
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 06h40.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 07h38.

A Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne nesta terça-feira para discutir o futuro da Síria , sem a presença da Síria.

Até a tarde de ontem, o governo do país não tinha confirmado presença na reunião. Segundo um porta-voz sírio, uma viagem até a ONU era “pouco simples” de ser feita.

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Para o jornal pró-governo al-Watan, o presidente sírio Bashar Al-Assad está cansado da insistência da oposição, que exige sua saída como passo essencial para a transição política no país.

Mas para a oposição, o motivo da ausência é outro. Segundo o novo líder da oposição síria, Yahya al-Aridi, a ausência de Assad é uma jogada para ganhar tempo, em um momento em que “pessoas continuam sendo bombardeadas”.

Segundo um diplomata holandês em Damasco, Nikolaos Van Dam, será difícil que Assad ou qualquer representante do governo sírio compareça às reuniões com outros países, porque não há vontade de negociar. “O governo sírio só quer reconquistar o território, sem discutir qualquer negociação”.

Este território, porém, será tema de discussão por muito tempo. Desde o início do ano, forças sírias têm combatido e avançado para reconquistar o país, principalmente aquelas áreas dominadas pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

Mas tropas de Rússia, Irã, Turquia e Estados Unidos também estão combatendo no território, e não deixarão a região tão facilmente.

A Síria está em guerra civil há sete anos, num confronto deixou milhares de mortos e milhões de refugiados. Estima-se que 5,5 milhões de sírios tenham deixado o país desde 2011.

Asaad, vale lembrar, foi acusado de usar armas químicas contra sua própria população. Mas deve ficar onde está, com a chancela de aliados internacionais presidente russo, Vladimir Putin.

Uma nova eleição parlamentar, que deve acontecer no ano que vem, garantiria permanência de Assad no poder do país. Ouvir o que as Nações Unidas têm a falar sobre seu país, neste contexto, não lhe tem muita serventia. Infelizmente.

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