Governo quer atribuir escassez aos protestos, diz Capriles
O líder da oposição venezuelana Henrique Capriles acusou o governo de querer atribuir a escassez de produtos básicos aos protestos
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 13h00.
Caracas - O líder da oposição venezuelana e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, acusou nesta sexta-feira o governo de querer atribuir a escassez de produtos básicos aos protestos registrados nos últimos dias no país e criticou a militarização no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia .
"Agora a escassez, como já começam a dizer alguns porta-vozes do governo, é culpa dos protestos", disse Capriles em entrevista à emissora "Unión Radio".
O ex-candidato presidencial afirmou que o governo de Nicolás Maduro está interessado em manter um "clima de confronto" na Venezuela, que se aguçou depois que uma passeata convocada por opositores e estudantes terminou em violência e deixou três mortos e dezenas de feridos.
"O governo está fazendo tudo o que está ao seu alcance para que um roteiro que já vimos antes se execute, que o governo saia fortalecido desta situação, dizer que este é um problema de um grupo fascista que quer incendiar o país e tentar tapar os grandes problemas que estamos vivendo", criticou.
Capriles acrescentou que "Maduro está preocupado pelos vidros de um ônibus, e já as mortes que ocorreram neste país se esqueceram, se esqueceram que houve feridos, que houve violações de direitos humanos, que foram torturados estudantes".
Maduro denunciou ontem que vários ônibus da capital foram supostamente atacados por integrantes das manifestações e disse que o fato não ficará impune.
O dirigente opositor pediu aos que protestam nas ruas para que não deixem que as manifestações sejam infiltradas por pessoas que querem violência. Além disso, recomendou reivindicações mais claras e não apenas a saída de Maduro do poder, ideia que vem repetindo nos últimos dias.
Capriles criticou ainda o fato do presidente ter decidido intervir militarmente em Táchira e "encobrir a situação difícil que atingiu" este estado no aspecto econômico com "tanques de guerra".
O ministro do Interior, Miguel Rodríguez, anunciou ontem que a segurança será reforçada em Táchira, onde ocorreram violentos distúrbios nos últimos dias, para se ir "retomando paulatinamente" a ordem pública.
A Venezuela vive há vários dias uma onda de protestos que derivaram em enfrentamentos entre forças de segurança e grupos violentos, que protestam contra as políticas do governo, com um saldo de seis mortos e dezenas de feridos e detidos.
Maduro argumenta que os protestos contra o Executivo buscam desestabilizar o país e acusou os Estados Unidos de estarem por trás das manifestações.
Caracas - O líder da oposição venezuelana e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, acusou nesta sexta-feira o governo de querer atribuir a escassez de produtos básicos aos protestos registrados nos últimos dias no país e criticou a militarização no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia .
"Agora a escassez, como já começam a dizer alguns porta-vozes do governo, é culpa dos protestos", disse Capriles em entrevista à emissora "Unión Radio".
O ex-candidato presidencial afirmou que o governo de Nicolás Maduro está interessado em manter um "clima de confronto" na Venezuela, que se aguçou depois que uma passeata convocada por opositores e estudantes terminou em violência e deixou três mortos e dezenas de feridos.
"O governo está fazendo tudo o que está ao seu alcance para que um roteiro que já vimos antes se execute, que o governo saia fortalecido desta situação, dizer que este é um problema de um grupo fascista que quer incendiar o país e tentar tapar os grandes problemas que estamos vivendo", criticou.
Capriles acrescentou que "Maduro está preocupado pelos vidros de um ônibus, e já as mortes que ocorreram neste país se esqueceram, se esqueceram que houve feridos, que houve violações de direitos humanos, que foram torturados estudantes".
Maduro denunciou ontem que vários ônibus da capital foram supostamente atacados por integrantes das manifestações e disse que o fato não ficará impune.
O dirigente opositor pediu aos que protestam nas ruas para que não deixem que as manifestações sejam infiltradas por pessoas que querem violência. Além disso, recomendou reivindicações mais claras e não apenas a saída de Maduro do poder, ideia que vem repetindo nos últimos dias.
Capriles criticou ainda o fato do presidente ter decidido intervir militarmente em Táchira e "encobrir a situação difícil que atingiu" este estado no aspecto econômico com "tanques de guerra".
O ministro do Interior, Miguel Rodríguez, anunciou ontem que a segurança será reforçada em Táchira, onde ocorreram violentos distúrbios nos últimos dias, para se ir "retomando paulatinamente" a ordem pública.
A Venezuela vive há vários dias uma onda de protestos que derivaram em enfrentamentos entre forças de segurança e grupos violentos, que protestam contra as políticas do governo, com um saldo de seis mortos e dezenas de feridos e detidos.
Maduro argumenta que os protestos contra o Executivo buscam desestabilizar o país e acusou os Estados Unidos de estarem por trás das manifestações.