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Governo japonês admite alerta máximo por Fukushima

Plutônio e água radioativa foram detectados próximos à usina

Engenheiro em Fukushima: temor é de que radiação contamine natureza e alimentos (AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 13h22.

Sendai, Japão - O governo japonês indicou nesta terça-feira que o país está em "estado de alerta máximo" por causa dos problemas na central nuclear de Fukushima, após a detecção de plutônio e de água altamente radioativa no local, que obrigou a interrupção dos trabalhos de contenção da crise.

O terremoto de 9 graus de magnitude e o gigantesco tsunami que o seguiu deixaram cerca de 28.000 mortos e desaparecidos e prejudicaram os sistemas de resfriamento dos reatores da central de Fukushima Daiichi (Fukushima N°1), provocando uma série de acidentes e vazamentos radioativos.

Durante uma reunião no Parlamento, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, reconheceu que a situação continua imprevisível e afirmou que seu governo está enfrentando o problema em "estado de alerta máximo".

As operações continuam na usina, com o objetivo de estabilizar a situação nos reatores e reparar os circuitos de resfriamento.

Além disso, é preciso limitar o despejo da água do mar, usada em grande quantidade nos primeiros dias para resfriar os reatores, no meio ambiente. Esta água foi substituída recentemente por água doce, por causa dos efeitos corrosivos do sal no material.

Os temores de contaminação da natureza e da cadeira alimentar aumentaram depois do anúncio, na segunda-feira, de que equipes detectaram plutônio em cinco análises de terra feitos há uma semana no solo da central de Fukushima.

"O plutônio vem provavelmente das barras de combustível", afirmou Yukio Edano, porta-voz do governo japonês.


A Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a usina, garantiu que as taxas de plutônio aferidas não representam um risco para a saúde.

Especialistas consideram que o combustível dos reatores 1 e 4 provavelmente entrou em fusão nas horas que se seguiram ao tsunami, liberando substâncias radioativas.

A central de Fukushima, construída há mais de 40 anos na costa do Pacífico, 250 km a norte de Tóquio, não foi projetada para resistir a um tsunami de 14 metros de altura, como o que afetou a região.

"Não podemos negar que a avaliação do risco de um grande tsunami naquela época foi amplamente equivocada", reconheceu Kan nesta terça-feira.

Um controle de todas as usinas nucleares do país será feito para verificar sua adequação aos riscos reais, indicou por sua vez o porta-voz do governo.

Em Fukushima, a corrente elétrica foi parcialmente restabelecida no nível do reator 4, cuja sala de controle voltou a ter luz, como já havia ocorrido nos reatores 1 a 3.

Centenas de técnicos, bombeiros e soldados se revezam dia e noite desde o acidente, colocando suas vidas em risco para tentar evitar uma crise ainda maior. Pelo menos 19 pessoas já foram expostas a altos níveis de radioatividade.

Por causa da irrigação massiva dos reatores, milhares de metros cúbicos de água inundaram prédios anexos e túneis técnicos com saída ao ar livre, a cerca de 60 metros da costa.

A impermeabilização de todos os poços que levam aos túneis técnicos deve ser verificada para impedir que a água contaminada se espalhe, explicou a Tepco.

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Sendai, Japão - O governo japonês indicou nesta terça-feira que o país está em "estado de alerta máximo" por causa dos problemas na central nuclear de Fukushima, após a detecção de plutônio e de água altamente radioativa no local, que obrigou a interrupção dos trabalhos de contenção da crise.

O terremoto de 9 graus de magnitude e o gigantesco tsunami que o seguiu deixaram cerca de 28.000 mortos e desaparecidos e prejudicaram os sistemas de resfriamento dos reatores da central de Fukushima Daiichi (Fukushima N°1), provocando uma série de acidentes e vazamentos radioativos.

Durante uma reunião no Parlamento, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, reconheceu que a situação continua imprevisível e afirmou que seu governo está enfrentando o problema em "estado de alerta máximo".

As operações continuam na usina, com o objetivo de estabilizar a situação nos reatores e reparar os circuitos de resfriamento.

Além disso, é preciso limitar o despejo da água do mar, usada em grande quantidade nos primeiros dias para resfriar os reatores, no meio ambiente. Esta água foi substituída recentemente por água doce, por causa dos efeitos corrosivos do sal no material.

Os temores de contaminação da natureza e da cadeira alimentar aumentaram depois do anúncio, na segunda-feira, de que equipes detectaram plutônio em cinco análises de terra feitos há uma semana no solo da central de Fukushima.

"O plutônio vem provavelmente das barras de combustível", afirmou Yukio Edano, porta-voz do governo japonês.


A Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a usina, garantiu que as taxas de plutônio aferidas não representam um risco para a saúde.

Especialistas consideram que o combustível dos reatores 1 e 4 provavelmente entrou em fusão nas horas que se seguiram ao tsunami, liberando substâncias radioativas.

A central de Fukushima, construída há mais de 40 anos na costa do Pacífico, 250 km a norte de Tóquio, não foi projetada para resistir a um tsunami de 14 metros de altura, como o que afetou a região.

"Não podemos negar que a avaliação do risco de um grande tsunami naquela época foi amplamente equivocada", reconheceu Kan nesta terça-feira.

Um controle de todas as usinas nucleares do país será feito para verificar sua adequação aos riscos reais, indicou por sua vez o porta-voz do governo.

Em Fukushima, a corrente elétrica foi parcialmente restabelecida no nível do reator 4, cuja sala de controle voltou a ter luz, como já havia ocorrido nos reatores 1 a 3.

Centenas de técnicos, bombeiros e soldados se revezam dia e noite desde o acidente, colocando suas vidas em risco para tentar evitar uma crise ainda maior. Pelo menos 19 pessoas já foram expostas a altos níveis de radioatividade.

Por causa da irrigação massiva dos reatores, milhares de metros cúbicos de água inundaram prédios anexos e túneis técnicos com saída ao ar livre, a cerca de 60 metros da costa.

A impermeabilização de todos os poços que levam aos túneis técnicos deve ser verificada para impedir que a água contaminada se espalhe, explicou a Tepco.

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