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Governo irlandês aprova plano de austeridade de 4 anos

O primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, revelou o plano de austeridade de 15 bilhões de euros (20 bilhões de dólares)

Cowen afirmou que as medidas devem afetar toda a população da Irlanda (Mark Wilson/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 17h38.

Dublin - O governo da Irlanda prometeu nesta quarta-feira cortar seus gastos e aumentar os impostos para combater a crise bancária e garantir um pacote de resgate internacional, mas ainda assim foi acusado de otimismo demais por acreditar na possibilidade de que sua debilitada economia possa crescer.

Em meio ao acirramento das tensões em toda a Europa sobre o custo do resgate à Irlanda, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que líderes políticos devem ser assertivos frente aos mercados financeiros e forçar investidores a tomar responsabilidade no risco de futuras crises de dívida.

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O primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, revelou o plano de austeridade de 15 bilhões de euros (20 bilhões de dólares), com prazo de quatro anos, em meio a um ambiente que pode levar à queda de seu governo, afirmando ainda que as medidas devem afetar toda a população da Irlanda.

"O tamanho desta crise significa que ninguém deixará de fazer a contribuição necessária para promover uma recuperação nacional", disse Cowen em coletiva.

O plano inclui o corte de milhares de empregos no setor público, o aumento gradual do imposto sobre mercadorias e serviços a partir de 2013 e a economia de 2,8 bilhões de euros no setor de bem-estar social até 2014. A medida, no entanto, não afeta as baixíssimas taxas do país sobre empresas.

Para o chefe de assuntos monetários da União Europeia, Olli Rehn, o plano ajudará a Irlanda a estabilizar suas finanças públicas. "O plano mostra um bom equilíbrio entre despesas duráveis e medidas de receita, dando a devida importância à proteção dos mais pobres", disse Rehn em comunicado.

Mas a credibilidade do plano, essecial para assegurar o pacote de resgate da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi quase que imediatamente questionada por manter uma confiança em relação ao crescimento da economia, deixando muitos céticos.

A agência de classificação de risco Standard and Poor's afirmou que o governo de Cowen está muito otimista ao acreditar na possibilidade de crescimento da economia, que segundo a S&P terá dificuldade em registrar qualquer expansão nos próximos dois anos.

Dublin prevê um crescimento real do PIB de, em média, 2,75 por cento entre 2011 e 2014. Mas a S&P afirma que o PIB nominal --que não leva em conta inflação-- deve permanecer congelado nos próximos dois anos. "Há uma diferença significativa", disse o diretor da unidade de dívida soberana europeia da S&P, Frank Gill.

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