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Governo holandês decide na segunda-feira se convoca eleições

Para o primeiro-ministro, Mark Rutte, as eleições parecem evidentes; a Holanda é um dos quatro países que não teve sua nota, triplo A, rebaixada

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte (Valerie Kuypers/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2012 às 11h54.

Haia - O governo holandês decide em um conselho de ministros extraordinário, convocado para esta segunda-feira, se convoca eleições legislativas antecipadas, após o fracasso das negociações para reduzir seu déficit público.

"Amanhã, segunda-feira, o primeiro-ministro Mark Rutte discutirá a situação com seu governo. Espero que seja convocada oficialmente a eleição", disse à AFP Rene Tissen, professor de economia política da Universidade de Nijenrode, próxima de Utrecht (centro).

As negociações entre a coalizão de centro-direita e seu aliado na câmara baixa do Parlamento, o partido de extrema-direita PVV, fracassaram ante a negativa do líder do mesmo, Geert Wilders, em aceitar cortes para reduzir o déficit público, que no ano passado ficou em 4,7% do PIB (5,1% em 2010), maior que o teto europeu, de 3%.

As negociações iniciadas no dia 5 de março estavam destinadas a garantir a economia de 16 bilhões euros até 2013 para respeitar as regras europeias quanto ao déficit público, mas Wilders se negou a aprovar estas medidas, alegando que elas teriam contribuído para reduzir o poder de compra dos holandeses.

De acordo com dados do Escritório Central de Planejamento, as medidas orçamentárias teriam ocasionado uma queda de 2,5% do poder de compra em 2013.

O pacote de medidas proposto previa, entre outras coisas, uma ligeira alta do IVA, o congelamentos dos salários dos funcionários e a redução dos orçamentos para saúde e de ajuda para os países em desenvolvimento.

"As eleições parecem evidentes", declarou neste sábado Mark Rutte, ao anunciar que havia convocado um conselho de ministros excepcional para esta segunda-feira pela manhã para analisar o assunto.

O partido de Geert Wilders, eurocético e anti-islâmico, apoiava até agora o governo no Parlamento, o que lhe garantia uma maioria de 76 dos 150 assentos da câmara baixa até a demissão de 21 de março de um deputado do PVV, que passou ao grupo independente.

Apesar de a maioria dos analistas apostar na celebração de eleições antecipadas depois do verão, as opiniões divergem sobre as consequências disso para a Holanda , um dos quatro países da zona do euro que não teve sua nota máxima, triplo A, rebaixada pelas agências de classificação.

"(A perda do trilpo A) seria um desastre para a economia da Holanda", disse à AFP Arnold Heertje, um professor de economia aposentado, que adverte que isso aumentaria o desemprego e faria cair o crescimento e os investimentos.

O governo minoritário de Mark Rutte foi formado após o término das eleições antecipadas organizadas após a queda, em fevereiro de 2010, do executivo do ex-primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, por desacordos no seio da coalizão sobre o prolongamento da missão holandesa no Afeganistão.

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Haia - O governo holandês decide em um conselho de ministros extraordinário, convocado para esta segunda-feira, se convoca eleições legislativas antecipadas, após o fracasso das negociações para reduzir seu déficit público.

"Amanhã, segunda-feira, o primeiro-ministro Mark Rutte discutirá a situação com seu governo. Espero que seja convocada oficialmente a eleição", disse à AFP Rene Tissen, professor de economia política da Universidade de Nijenrode, próxima de Utrecht (centro).

As negociações entre a coalizão de centro-direita e seu aliado na câmara baixa do Parlamento, o partido de extrema-direita PVV, fracassaram ante a negativa do líder do mesmo, Geert Wilders, em aceitar cortes para reduzir o déficit público, que no ano passado ficou em 4,7% do PIB (5,1% em 2010), maior que o teto europeu, de 3%.

As negociações iniciadas no dia 5 de março estavam destinadas a garantir a economia de 16 bilhões euros até 2013 para respeitar as regras europeias quanto ao déficit público, mas Wilders se negou a aprovar estas medidas, alegando que elas teriam contribuído para reduzir o poder de compra dos holandeses.

De acordo com dados do Escritório Central de Planejamento, as medidas orçamentárias teriam ocasionado uma queda de 2,5% do poder de compra em 2013.

O pacote de medidas proposto previa, entre outras coisas, uma ligeira alta do IVA, o congelamentos dos salários dos funcionários e a redução dos orçamentos para saúde e de ajuda para os países em desenvolvimento.

"As eleições parecem evidentes", declarou neste sábado Mark Rutte, ao anunciar que havia convocado um conselho de ministros excepcional para esta segunda-feira pela manhã para analisar o assunto.

O partido de Geert Wilders, eurocético e anti-islâmico, apoiava até agora o governo no Parlamento, o que lhe garantia uma maioria de 76 dos 150 assentos da câmara baixa até a demissão de 21 de março de um deputado do PVV, que passou ao grupo independente.

Apesar de a maioria dos analistas apostar na celebração de eleições antecipadas depois do verão, as opiniões divergem sobre as consequências disso para a Holanda , um dos quatro países da zona do euro que não teve sua nota máxima, triplo A, rebaixada pelas agências de classificação.

"(A perda do trilpo A) seria um desastre para a economia da Holanda", disse à AFP Arnold Heertje, um professor de economia aposentado, que adverte que isso aumentaria o desemprego e faria cair o crescimento e os investimentos.

O governo minoritário de Mark Rutte foi formado após o término das eleições antecipadas organizadas após a queda, em fevereiro de 2010, do executivo do ex-primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, por desacordos no seio da coalizão sobre o prolongamento da missão holandesa no Afeganistão.

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