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Governo filipino diz estar perto de derrotar rebeldes islâmicos

Confrontos com a milícia Maute, grupo quase desconhecido até um ano atrás, tornaram-se o maior desafio de segurança do governo de Rodrigo Duterte

Tropas do governo das Filipinas em luta contra o grupo Maute (Romeo Ranoco/Reuters)

Tropas do governo das Filipinas em luta contra o grupo Maute (Romeo Ranoco/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2017 às 10h28.

Marawi - Os militares das Filipinas disseram nesta segunda-feira que estão perto de retomar uma cidade do sul do país que está nas mãos de militantes islâmicos há sete dias, e helicópteros lançaram mais foguetes contra posições ocupadas pelos rebeldes alinhados ao Estado Islâmico.

Os confrontos na cidade de Marawi com a milícia Maute, grupo quase desconhecido até um ano atrás, tornaram-se o maior desafio de segurança do governo de Rodrigo Duterte, uma vez que os homens armados estão resistindo a ataques aéreos e terrestres e ainda controlam partes centrais da localidade de 200 mil habitantes.

Os militares disseram que os rebeldes podem estar recebendo ajuda de "elementos simpatizantes" e de combatentes que estes libertaram de uma prisão durante ofensiva iniciada na terça-feira, que pegou os militares de surpresa.

"Nossos comandantes terrestres garantiram que o fim está perto", disse o porta-voz militar Restituto Padilla a repórteres. "Conseguimos controlar quem entra e quem sai, quem se movimenta nos arredores. E estamos tentando isolar todos estes bolsões de resistência".

Mais de 100 pessoas foram mortas, a maioria militantes, de acordo com os militares, e a maioria dos moradores da cidade fugiu. Os militares dizem que o grupo Maute ainda está presente em nove das 96 comunidades.

A capacidade dos Maute para conter os militares durante tanto tempo irá aumentar os temores de que a ideologia radical do Estado Islâmico esteja se disseminando no sul das Filipinas e de que o território possa se tornar um santuário para militantes da Indonésia, Malásia e outros países.

O governo acredita que os Maute realizaram o ataque antes do mês muçulmano sagrado do Ramadã para chamar a atenção do Estado Islâmico e serem reconhecidos como seus filiados no sudeste asiático.

As estimativas dos militares sobre o tamanho da força rebelde e a extensão de sua ocupação têm variado a cada dia. Estes vêm sustentando que estão sob controle da situação e que os apoiadores do grupo estão fazendo alegações exageradas nas redes sociais.

De acordo com testemunhas, homens com bandanas negras típicas do Estado Islâmico foram vistos nas ruas da cidade nos últimos dias. Um fotógrafo da Reuters viu uma bandeira do Estado Islâmico em um tambor de combustível em uma rua abandonada nesta segunda-feira.

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