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Governo e produtores de açúcar da Bolívia negociam acordo

Ideia é controlar preços das importações e melhorar abastecimento energético no país

Evo Morales, presidente boliviano: governo vai tentar negociar preço de alimentos (Joel Alvarez/Wikimedia Commons)

Evo Morales, presidente boliviano: governo vai tentar negociar preço de alimentos (Joel Alvarez/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 11h11.

Brasília – O governo da Bolívia negocia um acordo com os empresários e produtores de açúcar da região para evitar a alta dos preços dos alimentos no país. A ideia é controlar os preços das importações a partir do açúcar e melhorar o abastecimento de energia elétrica no país, como reivindicam empresários e produtores. Na sexta-feira (4) haverá uma nova rodada de reuniões para discutir segurança alimentar e geração de empregos.

Segundo a Agência Boliviana de Informações (ABI), ontem (31) o ministro da Casa Civil boliviano, Oscar Coca, reuniu a equipe e empresários para fazer o apelo e pedir a ajuda de todos. Segundo ele, uma das reivindicações dos empresários é que o sistema de abastecimento de energia na Bolívia seja estabilizado.

"Com esse relacionamento agora é possível, pelo fato de que eles estão fazendo sobre uma nova perspectiva e um forte compromisso com o país", disse Coca.

O empresário Daniel Sanchez afirmou que o encontro com a equipe de governo foi positivo. "Estamos todos preocupados em fazer o país progredir e nós somos parte dessa viagem. Por isso, temos de trabalhar para que todos os bolivianos não sintam falta de alimentos e esse é o compromisso que temos”, acrescentou.

A ministra de Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural, Teresa Morales, disse que será executado um plano conjunto de combate à “intermediação especulativa". O objetivo, segundo ela, é que a importação seja protegida, principalmente no que se refere ao açúcar. O governo vai subvencionar o açúcar importado e distribuído por meio da estatal.

Para o gerente-geral da fábrica de Guabira, Rudiger Trepp, o aumento dos preços é "temporário" e "circunstancial" devido à inflação e à escassez do açúcar no mundo. "Pode ser que daqui para a frente as coisas fiquem mais feias no mundo. Mas o compromisso é que estes dois meses e meio que restam antes da colheita será o preço final”, disse ele.

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