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Governo do Quênia reconhece erros na gestão de ataque

As forças especiais, que viajaram primeiro de avião e depois em caminhonetes, chegaram quase doze horas depois do início do ataque

Ambulância é vista após ataque islamita em universidade do Quênia (Reuters TV)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 13h53.

Nairóbi - O governo do Quênia admitiu nesta quinta-feira que errou na gestão do ataque cometido no dia 2 de abril pelo grupo jihadista Al Shabab na Universidade de Garissa, no qual morreram 148 pessoas.

"Fizemos algo errado em Garissa? Sim, certamente", afirmou hoje o porta-voz do governo, Manoah Esipisu, que tentou justificar a demora na resposta militar ao ataque.

"É preciso planejar e pode ocorrer atrasos nas operações. Havia vidas em jogo. Queríamos salvar ao maior número possível de pessoas", assegurou Esipisu.

Além disso, o porta-voz ressaltou que o ministro do Interior, Joseph Nkaissery, e o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, chegaram ao local antes das forças de segurança.

Segundo explicou, o helicóptero no qual ambos viajaram até Garissa, cidade no leste do Quênia e próxima à fronteira com a Somália, só tinha capacidade para três passageiros.

As forças especiais, que viajaram primeiro de avião e depois em caminhonetes, chegaram quase doze horas depois do início do ataque.

O governo queniano também foi criticado por sua incapacidade para se antecipar ao massacre, apesar dos serviços de inteligência terem recebido alertas de um iminente ataque contra uma instituição de ensino.

A Universidade de Nairóbi emitiu um comunicado em 25 de março alertando seus estudantes que permanecessem "atentos diante de qualquer anomalia" porque tinha recebido informações de que o grupo islamita preparava um atentado contra uma universidade.

Sobre esta questão, o porta-voz negou que o Executivo tenha recebido advertências sobre um possível atentado por parte do Reino Unido, como algumas fontes tinham apontado nos últimos dias.

"O Quênia compartilhou e continua compartilhando inteligência de segurança com os Estados Unidos e Israel, mas não é o caso do Reino Unido", insistiu.

Além disso, frisou que o Quênia "está em guerra e os quenianos devem saber disso", e pediu aos meios de comunicação que trabalhem com o governo em vez de "se concentrar unicamente no negativo".

O ataque contra a Universidade de Garissa foi o pior ocorrido no Quênia desde o atentado da Al Qaeda contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, em 1998, quando morreram 213 pessoas.

O Al Shabaab matou a mais de 400 pessoas no Quênia desde abril de 2013, em represália pelo envio de tropas para a Somália, para impedir que os jihadistas instaurem um estado wahhabista neste país do Chifre da África.

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Nairóbi - O governo do Quênia admitiu nesta quinta-feira que errou na gestão do ataque cometido no dia 2 de abril pelo grupo jihadista Al Shabab na Universidade de Garissa, no qual morreram 148 pessoas.

"Fizemos algo errado em Garissa? Sim, certamente", afirmou hoje o porta-voz do governo, Manoah Esipisu, que tentou justificar a demora na resposta militar ao ataque.

"É preciso planejar e pode ocorrer atrasos nas operações. Havia vidas em jogo. Queríamos salvar ao maior número possível de pessoas", assegurou Esipisu.

Além disso, o porta-voz ressaltou que o ministro do Interior, Joseph Nkaissery, e o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, chegaram ao local antes das forças de segurança.

Segundo explicou, o helicóptero no qual ambos viajaram até Garissa, cidade no leste do Quênia e próxima à fronteira com a Somália, só tinha capacidade para três passageiros.

As forças especiais, que viajaram primeiro de avião e depois em caminhonetes, chegaram quase doze horas depois do início do ataque.

O governo queniano também foi criticado por sua incapacidade para se antecipar ao massacre, apesar dos serviços de inteligência terem recebido alertas de um iminente ataque contra uma instituição de ensino.

A Universidade de Nairóbi emitiu um comunicado em 25 de março alertando seus estudantes que permanecessem "atentos diante de qualquer anomalia" porque tinha recebido informações de que o grupo islamita preparava um atentado contra uma universidade.

Sobre esta questão, o porta-voz negou que o Executivo tenha recebido advertências sobre um possível atentado por parte do Reino Unido, como algumas fontes tinham apontado nos últimos dias.

"O Quênia compartilhou e continua compartilhando inteligência de segurança com os Estados Unidos e Israel, mas não é o caso do Reino Unido", insistiu.

Além disso, frisou que o Quênia "está em guerra e os quenianos devem saber disso", e pediu aos meios de comunicação que trabalhem com o governo em vez de "se concentrar unicamente no negativo".

O ataque contra a Universidade de Garissa foi o pior ocorrido no Quênia desde o atentado da Al Qaeda contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, em 1998, quando morreram 213 pessoas.

O Al Shabaab matou a mais de 400 pessoas no Quênia desde abril de 2013, em represália pelo envio de tropas para a Somália, para impedir que os jihadistas instaurem um estado wahhabista neste país do Chifre da África.

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