Drone atinge instalação de petróleo na Arábia Saudita (Stringer/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de setembro de 2019 às 15h45.
Cairo - O ministro da Informação do Iêmen, Moammar al-Eryani, acusou neste domingo o Irã de estar por trás do ataque cometido no sábado contra duas refinarias da companhia de petróleo saudita Aramco, e afirmou que tudo indica que a ofensiva não pode ter sido originada no território controlado pelos houthis iemenitas, que assumiram a autoria do fato.
"Os braços iranianos na região passam da realização de um ato e apoio logístico a reivindicar a sua responsabilidade sobre o ataque. Os houthis reivindicaram a responsabilidade para desviar os olhares para longe do regime de Teerã", opinou Eryani no Twitter.
De acordo com o ministro, o objetivo dos houthis foi evitar que o Irã "pague a fatura". O ataque contra a maior empresa de petróleo do mundo, que precisou cortar a produção em quase 50%, é visto por Eryani como uma "escalada" das ações anteriores contra navios petroleiros e comerciais.
Segundo o ministro, esse ataque significa que foram colocadas em prática as ameaças iranianas de suspender a produção e exportação de petróleo nos países da região.
"Os dados políticos, militares e a informação preliminar sobre o ato terrorista covarde que teve como alvo instalações da empresa Aramco com drones de fabricação iraniana coincidem que é impossível que o ataque tenha sido realizado de zonas controladas pela milícia houthi", argumentou Eryani.
Essas declarações seguem a mesma linha das palavras do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que acusou o Irã de ter lançado "um ataque sem precedentes contra o fornecimento de energia mundial", indicando que "não há evidências" que essa ofensiva tenha sua origem no Iêmen.
O Ministério das Relações Exteriores iraniano negou qualquer envolvimento do país nos ataques de sábado contra a Aramco e denunciou planos de serviços de inteligência para "destruir a imagem" do Irã.