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Governo de Israel estenderá serviço militar obrigatório para três anos

Atualmente, todos os homens e mulheres do país se alistam aos 18 anos

Militares de Israel (Israel Defense Force/Facebook)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 12h20.

Última atualização em 12 de julho de 2024 às 12h24.

O governo de Israel aprovará nos próximos dias a extensão do serviço militar obrigatório para três anos - atualmente são 32 meses -, depois que o órgão interno encarregado dos assuntos de segurança aprovou a medida na noite passada.

Veículos da imprensa israelense sugerem que o plano poderia receber aprovação parlamentar e o sinal verde do executivo já neste domingo. Uma vez aprovada, a medida vai vigorar pelos próximos oito anos.

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O Movimento por um Governo de Qualidade em Israel, uma organização pró-democracia, criticou a decisão de estender o serviço militar obrigatório enquanto 63 mil judeus ultraortodoxos em idade militar não foram convocados para o Exército.

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"Enquanto não houver um recrutamento equitativo, não há justificativa legal ou moral para colocar mais peso nas costas daqueles que já estão servindo", enfatizou o presidente do grupo, Eliad Shraga, em comunicado.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, aprovou na terça-feira passada o envio de ordens de recrutamento para os judeus ultraortodoxos (haredim) a partir de agosto, após a decisão da Suprema Corte que obrigou o Exército a integrar esse segmento da população em suas fileiras.

A questão provocou uma reação irada da população haredi, que teme que, ao enviar seus jovens para o Exército, eles perderão seus costumes e tradições ultrarreligiosos e abandonarão sua comunidade.

Em comunicado, o Ministério da Defesa de Israel noticiou que Gallant aprovou o envio, mas não especificou quantos dos cerca de 63 mil jovens haredi em idade militar receberão ordens de alistamento. As forças armadas israelenses já alertaram que, até 2024, só poderão recrutar 3 mil.

Isso se deve ao fato de os judeus ultraortodoxos terem requisitos especiais em âmbitos como dieta e convivência com mulheres, e o Exército teria que acomodar os novos recrutas em batalhões especiais.

Desde a fundação do Estado de Israel em 1948, os jovens que estudam em tempo integral em uma escola talmúdica (yeshiva) estão isentos do serviço militar, que é obrigatório para grande parte da sociedade israelense (os árabes israelenses também estão isentos).

A isenção, que foi estendida por meio de provisões especiais até alguns meses atrás, sempre foi uma fonte de controvérsia, ainda mais depois da eclosão da guerra na Faixa de Gaza e da escalada da tensão na fronteira com o Líbano, que deixou o Exército à beira de uma crise de pessoal.

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