O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, faz um sinal de positivo após chegar ao Aeroporto de Canberra em 26 de junho de 2024, após se declarar culpado em um tribunal dos EUA em Saipan de uma única acusação de conspiração para obter e disseminar informações de defesa nacional dos EUA. O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, voltou para casa na Austrália para começar a vida como um homem livre em 26 de junho, após admitir que revelou segredos de defesa dos EUA em um acordo que abriu a porta para sua cela na prisão de Londres. (William West/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 28 de junho de 2024 às 07h40.
Última atualização em 28 de junho de 2024 às 07h41.
O governo da Venezuela, que concede anualmente um reconhecimento a meios de comunicação e jornalistas aliados, entregou nesta quinta-feira, 27, um "prêmio especial" ao fundador da WikiLeaks, Julian Assange, livre desde 26 de junho após uma batalha judicial pelo vazamento de documentos.
Assange, australiano de 52 anos, foi libertado após se declarar culpado de revelar segredos de defesa como parte de um acordo com a justiça dos Estados Unidos, encerrando assim quase 14 anos de batalha legal.
"Concedemos um prêmio especial em reconhecimento a Julian Assange, a quem dedicamos esta edição do Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar", informaram os organizadores do prêmio em um comunicado divulgado na rede social X.
"Fazemos um reconhecimento com um prêmio especial por reivindicar com sua atuação o jornalismo corajoso, sem medo, e a verdade como a essência de defender a liberdade de expressão e o direito dos povos a serem informados", acrescentou o texto.
Em contraste, organizações defensoras da liberdade de expressão, como Espacio Público, denunciaram uma "escalada" contra a imprensa na Venezuela durante mais de duas décadas de chavismo no poder, documentando o fechamento de cerca de 300 jornais, emissoras de rádio e canais de televisão.
Assange foi acusado de ter divulgado a partir de 2010 mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, entre outros países.
O fundador da WikiLeaks foi preso pela polícia britânica em abril de 2019, após passar sete anos na embaixada do Equador para evitar sua extradição para a Suécia em uma investigação por estupro, que acabou arquivada.