O governo chinês anunciou no domingo (14/1) que vai cortar os preços da gasolina doméstica em 4,2% e do combustível para aviões, em resposta à queda recente dos preços internacionais. O anúncio já era esperado, já que o país tenta alinhar seus preços domésticos com os de outros mercados, depois de décadas de controle do Estado.

De acordo com o americano The Wall Street Journal, a queda do preço do petróleo na semana passada - as cotações estão nos níveis mais baixos desde a metade de 2005 - aumenta a perspectiva de mudanças significativas nas previsões de lucros corporativos, consumo e economia global.

Apesar da alta de 2,1% do barril de óleo cru na sexta-feira (12/1), para 52,99 dólares, o valor desse produto caiu 13% em 2007 e está 31% abaixo do seu recorde de 77,03 dólares em 14 de julho de 2006. O preço do petróleo é normalmente volátil e pode voltar a subir rápido. Se sustentado, o declínio teria grande impacto em tudo, desde o consumidor, até nos lucros das grandes companhias de energia. Pode também provocar quedas na receita - e até no poder - de nações ricas em petróleo, como a Rússia, Irã e Venezuela.

Outro efeito para a economia mundial seria o aquecimento do setor de empresas aéreas e montadoras de automóveis, já bastante afetados com as altas nos preços. Além disso, a queda de preço da gasolina pode impulsionar o consumo em todos os outros setores da economia.

Enquanto isso, o ministro de assuntos relacionados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Javad Yarjani, disse que a organização já considera um possível encontro de emergência para tentar reverter as quedas no preço do petróleo. No entanto, ele afirma que ainda não houve acordo.