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Governo britânico quer aprovação do casamento gay para 2015

A lei autoriza os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, mas proíbe que sejam realizados em igrejas

O plano do governo, que conta com o apoio do primeiro-ministro, David Cameron, enfrenta a oposição de muitos deputados conservadores e líderes religiosos (Ben Stansall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 12h41.

Londres - O casamento 'é uma celebração do amor e deve ser permitido a todos', declarou nesta quinta-feira a secretária de Estado de Igualdade britânica, Lynne Featherstone, ao apresentar o plano do Governo para legalizar o casamento homossexual para 2015.

O Executivo de coalizão entre conservadores e liberais-democratas querem que essa lei seja aprovada antes da realização das eleições legislativas previstas para 2015.

Lynne, da ala liberal-democrata, divulgou nesta quinta-feira a proposta do Governo, que será submetida à consulta pública durante 12 semanas antes de chegar à Câmara dos Comuns.

Pelo texto, apresentado conjuntamente com a ministra do Interior, a conservadora Theresa May, o Governo quer autorizar os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, mas proíbe que sejam realizados em igrejas, apesar de algumas terem demonstrado interesse em celebrar essas uniões.

O texto indica ainda que os gays, que já têm união civil - uma fórmula adotada em 2005 que os reconhece como 'casais de fato', com os mesmos direitos dos casados - poderão transformá-la em certidão de casamento.

O projeto garante ainda que os casais em que um dos membros mude de sexo não terão de anular o contrato matrimonial.

'Não é possível que um casal que se ama e deseja formalizar esse compromisso não tenha direito a se casar', defenderam Lynne e Theresa no texto.

O plano do Governo, que conta com o apoio do primeiro-ministro, David Cameron, enfrenta a oposição de muitos deputados conservadores e líderes religiosos anglicanos e principalmente da Igreja Católica, minoritária no Reino Unido, o que deve levar o Executivo a dar aos parlamentares 'tory' liberdade de voto quando o projeto chegar ao Parlamento para evitar uma revolta interna.

O projeto conta com votos dos liberais e do opositor Partido Trabalhista para aprovar uma legislação que, com base nas últimas pesquisas, tem o apoio de 45% da população contra 36%.

Uma organização contrária à proposta, a Coalizão pelo Casamento, publicou nesta quinta-feira anúncios em jornais nacionais tachando o plano de 'profundamente antidemocrático'.

Já Peter Tatchell, coordenador da campanha 'Equal Love' (Amor igual) a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, criticou que a proposta do Governo não estenda as uniões civis aos casais heterossexuais, o que considerou uma violação dos direitos humanos.

Lynne destacou que o processo de introdução das novas medidas, antecipadas por Cameron, custará cerca de 4,7 milhões de euros.

Em um congresso do Partido Conservador, Cameron, que representa o esforço para modernizar a formação, provocou espanto em alguns membros quando declarou: 'eu não apoio o casamento homossexual apesar de ser conservador, apoio porque sou conservador'.

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Londres - O casamento 'é uma celebração do amor e deve ser permitido a todos', declarou nesta quinta-feira a secretária de Estado de Igualdade britânica, Lynne Featherstone, ao apresentar o plano do Governo para legalizar o casamento homossexual para 2015.

O Executivo de coalizão entre conservadores e liberais-democratas querem que essa lei seja aprovada antes da realização das eleições legislativas previstas para 2015.

Lynne, da ala liberal-democrata, divulgou nesta quinta-feira a proposta do Governo, que será submetida à consulta pública durante 12 semanas antes de chegar à Câmara dos Comuns.

Pelo texto, apresentado conjuntamente com a ministra do Interior, a conservadora Theresa May, o Governo quer autorizar os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, mas proíbe que sejam realizados em igrejas, apesar de algumas terem demonstrado interesse em celebrar essas uniões.

O texto indica ainda que os gays, que já têm união civil - uma fórmula adotada em 2005 que os reconhece como 'casais de fato', com os mesmos direitos dos casados - poderão transformá-la em certidão de casamento.

O projeto garante ainda que os casais em que um dos membros mude de sexo não terão de anular o contrato matrimonial.

'Não é possível que um casal que se ama e deseja formalizar esse compromisso não tenha direito a se casar', defenderam Lynne e Theresa no texto.

O plano do Governo, que conta com o apoio do primeiro-ministro, David Cameron, enfrenta a oposição de muitos deputados conservadores e líderes religiosos anglicanos e principalmente da Igreja Católica, minoritária no Reino Unido, o que deve levar o Executivo a dar aos parlamentares 'tory' liberdade de voto quando o projeto chegar ao Parlamento para evitar uma revolta interna.

O projeto conta com votos dos liberais e do opositor Partido Trabalhista para aprovar uma legislação que, com base nas últimas pesquisas, tem o apoio de 45% da população contra 36%.

Uma organização contrária à proposta, a Coalizão pelo Casamento, publicou nesta quinta-feira anúncios em jornais nacionais tachando o plano de 'profundamente antidemocrático'.

Já Peter Tatchell, coordenador da campanha 'Equal Love' (Amor igual) a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, criticou que a proposta do Governo não estenda as uniões civis aos casais heterossexuais, o que considerou uma violação dos direitos humanos.

Lynne destacou que o processo de introdução das novas medidas, antecipadas por Cameron, custará cerca de 4,7 milhões de euros.

Em um congresso do Partido Conservador, Cameron, que representa o esforço para modernizar a formação, provocou espanto em alguns membros quando declarou: 'eu não apoio o casamento homossexual apesar de ser conservador, apoio porque sou conservador'.

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