Governo argentino questiona protesto em apoio a juiz
Magistrados e advogados se manifestaram os tribunais de Buenos Aires em apoio ao juiz da Suprema Corte, Carlos Fayt, de 97 anos, questionado pelo governo
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2015 às 18h01.
Buenos Aires - Magistrados e advogados próximos a "Será justiça", uma associação crítica ao governo argentino, se manifestaram nesta quarta-feira nos tribunais de Buenos Aires em apoio ao juiz da Suprema Corte, Carlos Fayt, de 97 anos, questionado pelo Executivo sobre sua capacidade para continuar exercendo o cargo.
Com o lema "Todos somos Fayt", centenas de pessoas se concentraram nas escadarias do Palacio de Tribunales para demonstrar sua oposição ao "processo investigativo" aberto pelo parlamento para verificar o estado da saúde mental e física do magistrado nonagenário.
"É uma manobra, sempre quiseram cercear o Poder Judiciário, mas não conseguiram. Nós juízes resistimos e defendemos a independência", disse à Agência Efe o presidente da Associação de Magistrados, Ricardo Recondo, ressaltando que "estão buscando qualquer manobra para que o Poder Judiciário deixe de ser um poder".
O protesto, na qual se escutaram duras críticas contra o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, contou com cartazes em apoio a Fayt e em lembrança do falecido promotor Alberto Nisman, que morreu no último mês de janeiro, quatro dias após denunciar a governante por suposto acobertamento de terroristas.
"Se o doutor Fayt se encontra ou não em condições de exercer suas funções, quem tem que decidir é o próprio Fayt e a Corte", afirmou à Efe o advogado e ex-deputado da União Cívica Radical, Ricardo Gil Lavedra.
"É inadmissível a interferência do Poder Legislativo em uma clara fustigação que tem, como único propósito, tentar obter a renúncia de Fayt", ressaltou Gil.
Por sua vez, o Executivo insiste que Fayt demonstrou sua "idoneidade" em sua longa trajetória, mas que é necessário confirmar se mantém suas capacidades.
O juiz "é um homem de uma idoneidade insolente", disse hoje o chefe de gabinete de Cristina, Aníbal Fernández, salientando que talvez o magistrado "tenha perdido essa idoneidade".
Buenos Aires - Magistrados e advogados próximos a "Será justiça", uma associação crítica ao governo argentino, se manifestaram nesta quarta-feira nos tribunais de Buenos Aires em apoio ao juiz da Suprema Corte, Carlos Fayt, de 97 anos, questionado pelo Executivo sobre sua capacidade para continuar exercendo o cargo.
Com o lema "Todos somos Fayt", centenas de pessoas se concentraram nas escadarias do Palacio de Tribunales para demonstrar sua oposição ao "processo investigativo" aberto pelo parlamento para verificar o estado da saúde mental e física do magistrado nonagenário.
"É uma manobra, sempre quiseram cercear o Poder Judiciário, mas não conseguiram. Nós juízes resistimos e defendemos a independência", disse à Agência Efe o presidente da Associação de Magistrados, Ricardo Recondo, ressaltando que "estão buscando qualquer manobra para que o Poder Judiciário deixe de ser um poder".
O protesto, na qual se escutaram duras críticas contra o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, contou com cartazes em apoio a Fayt e em lembrança do falecido promotor Alberto Nisman, que morreu no último mês de janeiro, quatro dias após denunciar a governante por suposto acobertamento de terroristas.
"Se o doutor Fayt se encontra ou não em condições de exercer suas funções, quem tem que decidir é o próprio Fayt e a Corte", afirmou à Efe o advogado e ex-deputado da União Cívica Radical, Ricardo Gil Lavedra.
"É inadmissível a interferência do Poder Legislativo em uma clara fustigação que tem, como único propósito, tentar obter a renúncia de Fayt", ressaltou Gil.
Por sua vez, o Executivo insiste que Fayt demonstrou sua "idoneidade" em sua longa trajetória, mas que é necessário confirmar se mantém suas capacidades.
O juiz "é um homem de uma idoneidade insolente", disse hoje o chefe de gabinete de Cristina, Aníbal Fernández, salientando que talvez o magistrado "tenha perdido essa idoneidade".