Mundo

González Urrutia diz estar 'firme' após ameaças de prisão de Maduro: 'Sigo ao lado do povo'

Candidato da oposição nas eleições de 28 de julho publicou mensagem nas redes sociais

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 07h41.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

O candidato opositor Edmundo González Urrutia, a quem os Estados Unidos reconhecem como "vencedor" das eleições de domingo na Venezuela, disse nesta quinta-feira que se mantém "firme" após
ameaças de prisão do presidente Nicolás Maduro.

"Sigo firme ao lado do povo", publicou González Urrutia na rede social X. "Nunca os deixarei sozinhos e sempre defenderei sua vontade! Viva Venezuela", acrescentou em uma breve mensagem sem dar detalhes se comparecerá a uma convocação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) oficialista para uma investigação a fim de "certificar" os resultados da votação que deram a vitória a Maduro.

Nesta quinta-feira, o presidente disse que está preparando prisões de segurança máxima para receber os mais de mil manifestantes detidos durante os protestos que eclodiram após a sua contestada reeleição. A declaração foi feita pouco antes da líder da oposição, María Corina Machado, escondida depois de ter sido ameaçada de prisão pelo regime, convocar novas manifestações nacionais para o sábado.

"Estou preparando duas prisões que devo ter prontas em 15 dias, já estão sendo reparadas", disse Maduro em um ato transmitido pelo canal estatal VTV. "Todos os manifestantes vão para Tocorón e Tocuyito, presídios de segurança máxima".

O presidente faz alusão às instituições prisionais que, por anos, estiveram sob controle de quadrilhas criminosas até serem reocupadas pelas forças de segurança no ano passado. Tocorón, por exemplo, era o centro operacional da temida organização criminosa Trem de Aragua, uma das maiores da América Latina.

"Temos mais de 1.200 capturados e estamos procurando mais 1.000 e vamos pegar todinhos porque eles foram treinados nos Estados Unidos, no Texas; na Colômbia, no Peru e no Chile", disse o presidente, pressionado por mais de 40 países a apresentar as atas das seções eleitorais.

Referindo-se aos manifestantes como "terroristas", "delinquentes" e membros de "quadrilhas de nova geração", Maduro os comparou às gangues no Haiti.

"Querem transformar a Venezuela em um novo Haiti",  afirmou o mandatário. "Têm muito caminho a percorrer, então que façam estradas", acrescentou, em alusão à "reeducação" que será implementada nestes presídios.

Até o momento, os protestos deixaram pelo menos 11 civis mortos, além de um militar. A oposição estima o número de mortos em 16, mas não apresentou a fonte da informação.

venez

 

Acompanhe tudo sobre:Maria Corina MachadoNicolás MaduroVenezuelaEleiçõesDemocracia

Mais de Mundo

Qual visto é necessário para trabalhar nos EUA? Saiba como emitir

Talibã proíbe livros 'não islâmicos' em bibliotecas e livrarias do Afeganistão

China e Brasil fortalecem parceria estratégica e destacam compromisso com futuro compartilhado

Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump