Mundo

Gilberto Carvalho chama ações em Jirau de "vandalismo"

Na avaliação do ministro, o conflito não ocorreu por disputas sindicais no local

Ontem, o governo decidiu reforçar a segurança nas obras de construção da Usina Jirau com o envio de mais 120 homens da Força Nacional de Segurança Pública para o local (Cristiano Mariz/EXAME.com)

Ontem, o governo decidiu reforçar a segurança nas obras de construção da Usina Jirau com o envio de mais 120 homens da Força Nacional de Segurança Pública para o local (Cristiano Mariz/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 13h08.

Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, classificou hoje (4) de atos de “banditismo” e “vandalismo” o incêndio e a depredação de alojamentos de trabalhadores na Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO), ocorrida na madrugada de ontem (3). Na avaliação do ministro, o conflito não ocorreu por disputas sindicais no local.

“Não consideramos a ação que aconteceu lá uma ação sindical, mas de vandalismo, banditismo e, como tal, será tratada”, disse. “Isso não é ação de trabalhador, não é ação sindical e tem que ser tratado em outros termos, [termos] da questão judiciária e policial", completou. Segundo ele, agora é preciso identificar de onde está partindo o movimento que "causa desordem no local".

Para o ministro, não há risco de situação semelhante ocorrer na Usina de Belo Monte, no Xingu, pelas características específicas do conflito em Jirau. “Belo Monte é outro problema, tem uma resistência localizada da sociedade civil que temos que respeitar que é o movimento Xingu Vivo, entre outras, e esse movimento é muito ativo e ele procura também fazer uma aliança com os trabalhadores para inviabilizar a continuidade da obra.”

Na madrugada de ontem (3), houve incêndio e depredação em cerca de 30 unidades de alojamentos dos trabalhadores da Usina Jirau, aproximadamente 30% do total. O conflito ocorreu após os trabalhadores em greve terem decido, em assembleia, aprovar o acordo feito com a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Ontem, o governo decidiu reforçar a segurança nas obras de construção da Usina Jirau com o envio de mais 120 homens da Força Nacional de Segurança Pública para o local. Atualmente, 100 homens da força estão na região. “Diante do desrespeito que isso significou à decisão da maioria dos trabalhadores, decidimos agir com muita radicalidade, reforçamos a Força Nacional e queremos assegurar democraticamente o direito de os trabalhadores que decidiram, por maioria, voltar ao trabalho”, explicou Cavalho.

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaHidrelétricasJustiçaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA