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Gbagbo nega-se a reconhecer Ouattara como presidente

"Ganhei as eleições, não estou negociando minha saída" disse o presidente, apesar de confirmar que negocia um cessar-fogo

Laurent Gbagbo negou qualquer intenção de deixar o poder (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 17h12.

Paris - O governante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, afirmou nesta terça-feira que não reconhecerá Alassane Ouattara como chefe de Estado, ao contrário do que lhe pede a comunidade internacional.

"Ganhei as eleições, não estou negociando minha saída (...) Ouattara não ganhou as eleições", afirmou Gbagbo em entrevista por telefone à emissora francesa "LCI" gravada por volta das 14h30 (de Brasília).

As negociações para que o presidente "de fato" da Costa do Marfim reconheça o eleito Alassane Ouattara "continuam", disse por sua vez o ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, em outra entrevista.

No entanto, Gbagbo negou que estejam ocorrendo discussões "no plano político", embora tenha confirmado que o Exército está negociando um cessar-fogo com "as outras forças atuantes no país".

O governante acusou a França de ter "entrado em guerra" contra a Costa do Marfim e considerou "absurdo" que "a vida de um país se resolva em uma jogada de pôquer de capitais estrangeiros".

"Não entendo como um litígio eleitoral pôde acarretar em uma intervenção direta do Exército francês", afirmou Gbagbo, que acusou as tropas francesas de terem destruído seus depósitos de munição e bombardeado o palácio presidencial.

O presidente "de fato" confessou estar "cansado", mas disse que não está disposto a "abandonar tudo": "Não sou um suicida, amo a vida. Minha voz não é a de um mártir, não busco a morte, mas se chegar, chegou", acrescentou.

As declarações de Gbagbo acontecem quando a maior parte de suas tropas demonstraram sua predisposição a se render após o ataque das forças da ONU e da França.

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Paris - O governante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, afirmou nesta terça-feira que não reconhecerá Alassane Ouattara como chefe de Estado, ao contrário do que lhe pede a comunidade internacional.

"Ganhei as eleições, não estou negociando minha saída (...) Ouattara não ganhou as eleições", afirmou Gbagbo em entrevista por telefone à emissora francesa "LCI" gravada por volta das 14h30 (de Brasília).

As negociações para que o presidente "de fato" da Costa do Marfim reconheça o eleito Alassane Ouattara "continuam", disse por sua vez o ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, em outra entrevista.

No entanto, Gbagbo negou que estejam ocorrendo discussões "no plano político", embora tenha confirmado que o Exército está negociando um cessar-fogo com "as outras forças atuantes no país".

O governante acusou a França de ter "entrado em guerra" contra a Costa do Marfim e considerou "absurdo" que "a vida de um país se resolva em uma jogada de pôquer de capitais estrangeiros".

"Não entendo como um litígio eleitoral pôde acarretar em uma intervenção direta do Exército francês", afirmou Gbagbo, que acusou as tropas francesas de terem destruído seus depósitos de munição e bombardeado o palácio presidencial.

O presidente "de fato" confessou estar "cansado", mas disse que não está disposto a "abandonar tudo": "Não sou um suicida, amo a vida. Minha voz não é a de um mártir, não busco a morte, mas se chegar, chegou", acrescentou.

As declarações de Gbagbo acontecem quando a maior parte de suas tropas demonstraram sua predisposição a se render após o ataque das forças da ONU e da França.

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