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Gantz vai aceitar uma coalizão com Netanyahu?

Primeiro-ministro de Israel, sem maioria parlamentar, propôs governo de união com seu principal adversário

Netanyahu: primeiro-ministro de Israel convidou seu principal adversário, Benny Gantz, para juntos formarem um novo governo (Amir Levy/Getty Images)

Netanyahu: primeiro-ministro de Israel convidou seu principal adversário, Benny Gantz, para juntos formarem um novo governo (Amir Levy/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 07h00.

Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 07h09.

O Oriente Médio começa a quinta-feira na expectativa da formação de uma inusitada coalizão de governo em Israel. Enfraquecido após a segunda vitória eleitoral em seis meses sem maioria parlamentar, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convidou seu principal adversário, Benny Gantz, para juntos formarem um novo governo. Gantz deve conceder uma entrevista coletiva às 8h de Brasília para anunciar sua decisão, segundo a agência Reuters.

Netanyahu, no cargo há mais de uma década, afirmou em vídeo que gostaria de formar um governo de direita linha dura liderado por seu partido, o Likud, mas que isto não foi possível. Depois, dirigindo-se a seu adversário, afirmou que “a nação espera que nós dois demonstremos responsabilidade e busquemos cooperação”.

Há trinta anos Israel não tem um governo de união como o proposto nesta quinta-feira, quando o líder de centro-esquerda Shimon Peres formou um governo com o conservador Yitzhak Shamir. Gantz e Netanyahu, por sinal, se encontraram nesta quinta-feira numa cerimônia pelo aniversário de três anos da morte de Peres.

Benny Gantz, um ex-oficial das forças armadas que lidera o partido centrista Azul e Branco, vai aceitar? Ele terminou as eleições com 32 cadeiras no parlamento, uma a mais que as 31 de seu adversário, mas muito abaixo das 61 necessárias para a maioria. A proposta, agora, é que cada um fique dois dos quatro anos previstos para o novo mandato. Netanyahu começaria, em tese, o que lhe favorece na defesa de três processos por corrupção a que responde na Justiça.

Gantz, segundo analistas, precisaria negociar salvaguardas para evitar ser traído no meio do caminho, com a convocação de novas eleições. Se os dois adversários não chegarem a um acordo, um novo pleito será marcado para março.

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