Benajmin Netanyahu: para voltar a ser primeiro-ministro, precisará ser inocentado das acusações de corrupção (Kobi Wolf/Bloomberg)
AFP
Publicado em 24 de novembro de 2019 às 10h48.
Benny Gantz, adversário do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, convidou neste sábado (23) os dirigentes do partido de seu rival para se unirem a sua legenda para formar o novo governo.
"Dadas as circunstâncias, apelo para formar o governo mais amplo possível sob minha direção", disse Gantz numa entrevista coletiva em Tel Aviv, afirmando que se dirigia aos integrantes do Likud, o partido de Netanyahu.
"Serei primeiro-ministro nos primeiros dois anos", acrescentou, e informando que se Netanyahu, "se for inocentado (da acusação de corrupção), poderá retornar e ser primeiro ministro" pelos dois anos seguintes.
Segundo o ex-chefe do exército israelense, essa seria "a única alternativa à realização de novas eleições".
Para impedir que as eleições sejam realizadas pela terceira vez em menos de um ano, o presidente israelense Reuven Rivlin pediu ao Parlamento esta semana a nomeação de um primeiro-ministro e, assim, remover Israel do impasse político.
Os deputados têm três semanas para encontrá-lo, e ele deve ter o apoio de pelo menos 61 parlamentares dos 120 que compõem a Câmara.