Exame Logo

G8 fecha acordo contra violência sexual em zonas de guerra

Junto ao acordo, foi anunciado o desbloqueio de 27,5 milhões de dólares em fundos, para a luta contra a violência sexual em zonas de guerra

Crianças jantam à luz de vela na Palestina: o acordo estabelece que o estupro e a violência sexual em áreas de conflito são graves violações da Convenção de Genebra, bem como crimes de guerra. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 14h19.

Londres - Um acordo histórico foi assinado em Londres, nesta quinta-feira, entre ministros das Relações Exteriores dos países do G8, juntamente com o desbloqueio de 27,5 milhões de dólares em fundos, para a luta contra a violência sexual em zonas de guerra , anunciou o chefe da diplomacia britânica, William Hague.

"Chegamos a um acordo histórico entre os ministros das Relações Exteriores dos países do G8 para trabalhar em conjunto para pôr fim à violência sexual durante os conflitos", declarou William Hague durante uma coletiva de imprensa na presença de sete outros ministros dos países do G8, da atriz Angelina Jolie e de Zainab Hawa Banqura, a representante especial da ONU encarregada da luta contra a violência sexual em conflitos armados.

"Adotamos uma declaração histórica estabelecendo que o estupro e a violência sexual em áreas de conflito são graves violações da Convenção de Genebra, bem como crimes de guerra", afirmou.

"Isso nos dá a responsabilidade de prosseguir ativamente, processando ou entregando às autoridades competentes e a um julgamento qualquer pessoa acusada de tais atos, independentemente da sua nacionalidade, independentemente de onde estiverem no mundo", acrescentou.

Ele também anunciou a criação de "um protocolo internacional sobre as investigações de estupro e violência sexual em zonas de conflito", que será "iniciado este ano" pelo Reino Unido, com a ajuda de "especialistas internacionais".

"Isso irá estabelecer padrões internacionais para investigações" sobre esses crimes.


"Em terceiro lugar, declaramos que nunca deverá existir anistia para atos de violência sexual em acordos de paz", indicou.

"Precisamos deste compromisso para pôr fim ao fato dos estupros e violência sexual serem tratadas como uma questão secundária e para colocar as mulheres e os direitos das mulheres no centro das resolução de conflitos", ressaltou.

Para realizar esses objetivos, William Hague anunciou "um novo financiamento que estará disponível imediatamente" de um montante de "36 milhões dólares".

"Nós temos uma oportunidade sem precedentes para acabar com este mal secular", afirmou Zainab Hawa Banqura.

"A violência sexual em zonas de conflito não é uma fatalidade, e sua erradicação não é missão impossível", insistiu, considerando que este acordo torna possível "pôr fim a este flagelo para a humanidade".

"Hoje, as vozes das vítimas foram ouvidas", declarou Angelina Jolie, enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

"Parabenizo a posição, muito aguardada, tomada hoje pelo G8", acrescentou.

Veja também

Londres - Um acordo histórico foi assinado em Londres, nesta quinta-feira, entre ministros das Relações Exteriores dos países do G8, juntamente com o desbloqueio de 27,5 milhões de dólares em fundos, para a luta contra a violência sexual em zonas de guerra , anunciou o chefe da diplomacia britânica, William Hague.

"Chegamos a um acordo histórico entre os ministros das Relações Exteriores dos países do G8 para trabalhar em conjunto para pôr fim à violência sexual durante os conflitos", declarou William Hague durante uma coletiva de imprensa na presença de sete outros ministros dos países do G8, da atriz Angelina Jolie e de Zainab Hawa Banqura, a representante especial da ONU encarregada da luta contra a violência sexual em conflitos armados.

"Adotamos uma declaração histórica estabelecendo que o estupro e a violência sexual em áreas de conflito são graves violações da Convenção de Genebra, bem como crimes de guerra", afirmou.

"Isso nos dá a responsabilidade de prosseguir ativamente, processando ou entregando às autoridades competentes e a um julgamento qualquer pessoa acusada de tais atos, independentemente da sua nacionalidade, independentemente de onde estiverem no mundo", acrescentou.

Ele também anunciou a criação de "um protocolo internacional sobre as investigações de estupro e violência sexual em zonas de conflito", que será "iniciado este ano" pelo Reino Unido, com a ajuda de "especialistas internacionais".

"Isso irá estabelecer padrões internacionais para investigações" sobre esses crimes.


"Em terceiro lugar, declaramos que nunca deverá existir anistia para atos de violência sexual em acordos de paz", indicou.

"Precisamos deste compromisso para pôr fim ao fato dos estupros e violência sexual serem tratadas como uma questão secundária e para colocar as mulheres e os direitos das mulheres no centro das resolução de conflitos", ressaltou.

Para realizar esses objetivos, William Hague anunciou "um novo financiamento que estará disponível imediatamente" de um montante de "36 milhões dólares".

"Nós temos uma oportunidade sem precedentes para acabar com este mal secular", afirmou Zainab Hawa Banqura.

"A violência sexual em zonas de conflito não é uma fatalidade, e sua erradicação não é missão impossível", insistiu, considerando que este acordo torna possível "pôr fim a este flagelo para a humanidade".

"Hoje, as vozes das vítimas foram ouvidas", declarou Angelina Jolie, enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

"Parabenizo a posição, muito aguardada, tomada hoje pelo G8", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualCrimeG7 – Grupo dos SeteGuerras

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame