Grupo de países mais ricos do mundo discute pacote de auxílio para países emergentes em reunião virtual (Stephane Mahe/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 19 de março de 2021 às 06h00.
Uma reunião do G7, as sete nações mais ricas do mundo, pode decidir se países emergentes podem respirar mais aliviados. Ministros de Finanças do grupo se reúnem nesta sexta-feira, 19, para decidir, de forma definitiva, sobre um pacote de auxílio para países mais pobres.
De acordo com a agência japonesa Kyodo, o G7 deve anunciar um plano para injetar 650 bilhões de dólares em um fundo especial do Fundo Monetário Internacional (FMI), provisionado para ajudar nações emergentes a lidar com a pandemia de covid-19.
É esperado que os líderes assinem o acordo hoje e possam receber algum tipo de resgate diante da crise sanitária internacional.
O valor é alto, mas é uma sombra do que os americanos investiram na própria economia em pacotes de salvação econômica. No início do mês, o governo do democrata Joe Biden aprovou um estímulo de 1,9 trilhão de dólares — em auxílio a estados e municípios com pendências orçamentárias e a criação de um pagamento emergencial para os americanos.
O montante aprovado é um dos maiores pacotes econômicos da história dos EUA. Em 2020, ainda sob o governo de Donald Trump, os Estados Unidos já haviam passado um pacote de 1,7 trilhão de dólares em março do ano passado, com pagamentos a famílias e estímulos a pequenas empresas. No fim do ano, já em dezembro, o Congresso aprovou ainda outro pacote, de 915 bilhões de dólares.
Da mesma maneira que os trilhões americanos, a ajuda proposta pelo G7 pode ser uma tábua de salvação para nações com economias fragilizadas pela pandemia, que podem usar o estímulo para aquecer suas economias e sanar caixas problemáticos.
Apesar disso, o problema permanece: a pandemia não irá acabar da noite para o dia e medidas de contenção, e a vacinação, em especial, são peças para solucionar os problemas econômicos de longo prazo.