Rússia: G7 disse que ataque a ex-espião sucede ações de interferência do país em sistemas democráticos de outras nações (Gleb Garanich/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de abril de 2018 às 19h54.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 e da União Europeia (UE) condenaram nesta segunda-feira o ataque contra Sergei Skripal e a sua filha Yulia e responsabilizaram a Rússia pelo uso de um químico altamente tóxico conhecido como Novichok.
Em comunicado divulgado em Ottawa, os ministros do G7 (formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) assinalaram que "este uso de um agente nervoso de grau militar, de um tipo desenvolvido pela Rússia, constitui o primeiro uso ofensivo de um agente nervoso na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e é um grave desafio".
"Seu uso é detestável, completamente inaceitável e deve ser condenado sistemática e rigorosamente", acrescentaram os ministros após serem informados pelas autoridades do Reino Unido dos detalhes do ataque que aconteceu no último dia 4 de março na cidade britânica de Salisbury.
Sergei Skripal, de 66 anos, é um ex-espião russo que vive no Reino Unido junto com sua filha, Yulia, de 33 anos.
Na nota, o G7 também se comprometeu a "proteger e promover o sistema internacional baseado em normas" e denunciou que o ataque aconteceu no contexto de "uma série de ações prévias irresponsáveis e desestabilizadoras da Rússia, incluindo a interferência nos sistemas democráticos de outros países".
Finalmente, o Grupo dos Sete solicitou à Rússia que cumpra suas obrigações com a Convenção de Armas Químicas e disse que seguirá "impulsionando" suas capacidades para responder a "ameaças híbridas", como cibersegurança, comunicações estratégicas e contrainteligência.