G7 pressionará Rússia e avaliará risco de 'coerção econômica' da China
Durante o encontro de cúpula, que começa na sexta-feira, 19, os governantes tentarão estabelecer uma frente unida diante de Rússia e China
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G7: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou nesta quinta-feira em uma base americana próxima de Hiroshima (AFP/AFP)

Publicado em 18 de maio de 2023, 07h33.
Última atualização em 18 de maio de 2023, 07h34.
Os líderes do G7 começaram a desembarcar no Japão nesta quinta-feira, 18, para a reunião de cúpula em Hiroshima, que pretende debater sanções mais severas contra a Rússia e avaliar medidas de proteção diante da "coerção econômica" da China.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, recebe os chefes de Governo das outras seis economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido) em Hiroshima, cidade símbolo da destruição nuclear.
Durante o encontro de cúpula, que começa na sexta-feira, 19, os governantes tentarão estabelecer uma frente unida diante de Rússia e China. Também abordarão outras questões urgentes, mas que não geram consenso no grupo.
A reunião contará com a presença de representantes da União Europeia (UE). O Japão também convidou os governantes do Brasil, Índia e Indonésia, entre outras nações, para tentar uma aproximação do G7 com os países em desenvolvimento nos quais a China faz grandes investimentos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou nesta quinta-feira em uma base americana próxima de Hiroshima. Biden é o segundo presidente do país, depois de Barack Obama, a visitar a cidade que foi destruída por uma bomba atômica lançada pelas tropas de Washington em 1945.
Biden chegou ao Japão em meio a uma disputa sobre o teto da dívida americana: se um acordo não for alcançado no Congresso até junho, a crise provocaria uma inédita suspensão de pagamentos da dívida soberana do país.
A questão obrigou o presidente democrata a cancelar duas escalas de sua viagem após o G7, uma em Papua Nova Guiné e outra na Austrália.
Guerra da Ucrânia é tema principal da reunião
A invasão russa da Ucrânia é um tema prioritário da reunião, no momento em que Kiev enfrenta bombardeios com mísseis e após meses de combates violentos em Bakhmut, leste do país, e em outras cidades da frente de batalha.
Estados Unidos e seus aliados enviaram armas à Ucrânia para fortalecer a defesa do país, mas a aguardada contraofensiva das tropas de Kiev não foi concretizada até o momento. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, deve discursar durante a reunião por videoconferência.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, destacou que os participantes pretendem reforçar a bateria de sanções contra Moscou, que de acordo com os números oficiais provocaram uma contração de 1,9% na economia russa no primeiro trimestre.
O G7 já adotou um teto de preços para os derivados de petróleo russos, o que provocou uma queda de 43% na receita, segundo a Agência Internacional de Energia.
"Teremos discussões sobre a situação das sanções e as medidas que o G7 tomará em conjunto para que sejam cumpridas", declarou Sullivan.
Uma fonte da UE informou que também será debatido um bloqueio às exportações de diamantes russos, um comércio que alcançou 5 bilhões de dólares (quase 25 bilhões de reais) em 2021.
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