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Furacão Sandy tira do rumo a eleição dos EUA

Mitt Romney transferiu a campanha para o interior e Barack Obama visitou o centro de resposta a tempestades, em Washington, antes de viajar para a Flórida

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Na cidade de Nova York, moradores preparam suas casas para a chegada do furacão Sandy (Getty Images)

Na cidade de Nova York, moradores preparam suas casas para a chegada do furacão Sandy (Getty Images)

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Andy Sullivan

Publicado em 29 de outubro de 2012 às, 10h56.

Washington - O Furacão Sandy tirou a eleição presidencial dos EUA do rumo neste domingo, antes mesmo de chegar ao país, forçando o republicano Mitt Romney a transferir a campanha para o interior e alimentando temores de que a enorme tempestade possa atrapalhar a votação antecipada na Costa Leste.

Como grande parte da região densamente povoada se preparou para o que pode ser a maior tempestade a atingir o continente dos EUA, Romney mudou a campanha da Virginia para Ohio, outro dos poucos Estados divididos que vão decidir o resultado da eleição de 6 de novembro.

Equilibrando a campanha pela reeleição com os esforços para ficar atento ao impacto do furacão, o presidente Barack Obama visitou o centro de resposta a tempestades, em Washington, antes de viajar para a Flórida para um evento de campanha. A tempestade forçou Obama a remarcar eventos na segunda e na terça-feira.

Autoridades de Estados no caminho da tempestade se apressaram para garantir que cortes de energia prolongados não perturbem a eleição antecipada, que parece ser mais importante do que nunca para ambos os lados este ano.

"Obviamente queremos acesso irrestrito às urnas porque acreditamos que quanto mais pessoas vierem, melhor nos sairemos," disse David Axelrod, principal conselheiro de Obama, à CNN. "Espero que se a tempestade dissipe e que até o próximo fim de semana estejamos livres." O governador da Virginia, o republicano Bob McDonnel, um proeminente partidário de Romney, disse que o Estado pretende estender o horário da eleição antecipada e restabelecer a energia rapidamente nos locais de votação, caso ocorram cortes.

"Agora é uma prioridade, está no mesmo patamar que hospitais e delegacias de polícia, ter a energia ‘restaurada' nos locais de votação," disse.


A chegada da tempestade criou outra incerteza em uma corrida que se mantém, estatisticamente, empatada. Cientistas políticos acreditam que desastres naturais podem prejudicar as chances de reeleição de um candidato, já que muitas vezes, os eleitores culpam quem está no cargo por essas adversidades.

Larry Bartels, da Universidade de Vanderbilt e Christopher Achen, da Universidade de Princeton, examinaram os dados de precipitação desde 1896 e descobriram que secas ou inundações extremas custaram aos candidatos, titulares de cargos, uma média de 1,5 ponto percentual do total de votos.

Graves secas e excesso de chuva provavelmente fizeram com que o então vice-presidente Al Gore perdesse em sete Estados na eleição de 2000, o suficiente para dar a vitória ao republicano George W. Bush, segundo o estudo.

O índice de aprovação de Bush despencou depois que o furacão Katrina devastou Nova Orleans, em 2005, e os eleitores poderão agora culpar Obama se o governo se complicar na reação ao furacão Sandy.

Mas também existem perigos para Romney, que terá que ter cuidado para não ser visto como estar fazendo política usando o desastre. A rápida reação da campanha republicana aos ataques contra as missões diplomáticas dos EUA no Oriente Médio, em setembro, foi amplamente criticada.

A essa altura, grande maioria dos eleitores já se decidiu, e aproximadamente um em cada cinco, já votou. Mas a tempestade poderá atrapalhar os esforços de conduzir os eleitores às urnas, nos últimos dias que antecedem a eleição.

Pesquisas de opinião mostram que a corrida está praticamente empatada em nível nacional, mas Obama mantém uma pequena vantagem em muitos Estados que vão decidir a eleição.

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