Mundo

Furacão Milton sai da Flórida, deixa 3 milhões sem energia e ao menos 4 mortos

Fenômeno atravessou o estado durante a noite e seguiu pelo Oceano Atlântico

Cobertura do estádio Tropicana Field, levada pelo furacão, em St. Petersburg, Flórida (Bryan Smith/AFP)

Cobertura do estádio Tropicana Field, levada pelo furacão, em St. Petersburg, Flórida (Bryan Smith/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 10h15.

Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 10h22.

O furacão Milton cruzou a Flórida nas últimas horas, com chuvas torrenciais e fortes rajadas de vento, após ter tocado o solo na costa oeste do estado, onde há mais de 1 milhão de pessoas deslocadas, mais de 3,3 milhões de residências sem eletricidade e, até agora, 4 mortes confirmadas.

As autoridades informaram que ao menos quatro pessoas morreram condado de St. Lucie, na costa oeste da Flórida. Ao menos duas delas viviam em uma comunidade de idosos. O governador do estado, Ron DeSantis, disse que ainda é muito cedo para dizer quantas pessoas morreram com a tempestade.

Milton deixou o estado no começo da manhã desta quinta, 10. Por volta das 10h em Brasília, ele estava a cerca de 120 km da costa leste da Flórida, com ventos máximos de 140 km/h. No momento, ele está na categoria 1 e seguia na direção leste, na direção das Bahamas, de acordo com o NHC (Centro Nacional de Furacões).

Segundo o site "PowerOutage.us", o número de clientes das companhias elétricas da Flórida sem serviço já passa de 3,3 milhões de residências. 

Em Tampa, o mar subiu mais de três metros acima do seu nível normal. Dias antes da chegada de Milton, autoridades da Flórida emitiram ordens de evacuação para milhões de pessoas em uma ampla área do estado e advertiram que continuar nesses lugares era um risco à vida. 

Fortes chuvas e enchentes

O furacão tocou o solo da Flórida em Siesta Key, na costa oeste, ao sul da cidade de Tampa, às 20h30 locais (21h30 em Brasília), com ventos de até 205 km/h, na categoria 3 na escala Saffir-Simpson (de um máximo de 5).

Em toda a área da trajetória de Milton na Flórida são registradas chuvas que, em alguns casos, superaram o recorde para um só dia e equivalem à média de vários meses ou até mesmo de um ano, como na cidade costeira de St. Petersburg, uma das mais afetadas pela passagem do furacão, segundo informou a CNN.

A cobertura do estádio da equipe de beisebol Tampa Bay Rays, situado em St. Petersburg, ficou totalmente destruída pelos ventos do furacão. O estádio estava preparado para acolher emergências quando Milton passasse pela área da baía de Tampa.

Segundo fontes dos bombeiros de St. Petersburg citadas pelo canal "NBC6" de Miami, no momento em que a cobertura voou havia gente dentro do estádio, mas as pessoas ficaram ilesas porque tinham se refugiado nos corredores internos.

Ainda não há como mensurar os dados causados pelo furacão, algo que começará a ser calculado a partir do amanhecer na Flórida, mas as imagens de sua chegada mostram o aumento do nível do mar, inundações, casas em escombros, árvores e postes caídos e barcos à deriva.

O xerife do condado de Hillsborough, Chad Chronister, publicou um vídeo nas redes sociais no qual "implora" aos habitantes, como chefe policial e como pai, para que se refugiem e não saiam.

Com EFE.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Flórida

Mais de Mundo

Deixem o canal': panamenhos protestam contra Trump em frente à embaixada dos EUA

Congresso do Peru investiga escândalo por suposta rede de prostituição internacional

Torre Eiffel é evacuada devido a incêndio e curto-circuito em sistema de elevadores; veja vídeo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados