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Furacão Isaías devasta as Bahamas e segue rumo à Flórida

É o primeiro furacão a passar pelas Bahamas desde que o Dorian, de categoria 5, destruiu no ano passado duas de suas ilhas

Bahamas: no momento, o fenômeno é classificado como uma tempestade grande de categoria 1 (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 31 de julho de 2020 às 18h15.

Última atualização em 31 de julho de 2020 às 19h17.

O enorme furacão Isaías castiga, nesta sexta-feira, 31, o sul das Bahamas e segue em direção à Flórida no fim de semana, em um momento que o estado do sudeste dos Estados Unidos registra números recordes de mortos por coronavírus pelo quarto dia consecutivo.

A Flórida, o segundo estado mais afetado pela pandemia depois da Califórnia, alcançou nesta sexta-feira um novo recorde ao registrar 257 mortos por coronavírus para um total de 6.843 óbitos e 470.386 infectados.

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A isto se soma a expectativa pela chegada do Isaías, que sopra com ventos máximos de 120 quilômetros por hora ao sudeste das Bahamas, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC).

No momento, o fenômeno é classificado como uma tempestade grande de categoria 1, com ventos que se estendem por até 335 quilômetros de seu centro.

"É possível um fortalecimento hoje [ sexta-feira ], e se espera que o Isaías se mantenha com força de furacão nos próximos dias", escreveu o NHC, com sede em Miami.

O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, anunciou na noite de quinta-feira um relaxamento das medidas estritas de confinamento pela pandemia para permitir que os moradores se preparassem para o furacão.

No entanto, advertiu: "Não usem este período de preparação para socializar e visitar amigos ou familiares".

"Estamos em meio a uma pandemia e se não agirmos de maneira responsável, as consequências podem ser graves", disse em conferência de imprensa.

Isaías passará pelo centro do arquipélago das Bahamas na noite de sexta e pela região leste da península da Flórida na tarde de sábado ou no domingo.

É o primeiro furacão a passar pelas Bahamas desde que o Dorian, de categoria 5, destruiu no ano passado duas de suas ilhas ao parar por três dias sobre o arquipélago.

Isaías deixou na quinta-feira muitas inundações e deslizamentos em sua passagem por Porto Rico, além de árvores e postes caídos, casas alagadas e milhares de pessoas sem eletricidade.

"Se estão vendo isto, por favor, necessitamos de ajuda!", implorou um homem de Mayagüez, no oeste da ilha, em um vídeo onde mostrava sua família sobre um automóvel, enquanto a água subia e tomava a casa.

Um furacão em meio à pandemia

Enquanto isso, o estado americano da Flórida, já devastado pela pandemia e com os hospitais sobrecarregados, prepara-se para o golpe do furacão Isaías provavelmente como categoria 2, ou seja, com ventos de mais de 154 quilômetros por hora.

Setores da costa oriental da Flórida estão em alerta de furacão, em particular em torno da região de Palm Beach, 115 quilômetros ao norte da turística Miami. Espera-se que o resto da costa sudeste receba ventos de tempestade tropical no fim de semana.

Localização e a trajetória prevista para o furacão Isaías (AFP/Reprodução)

O governador Ron DeSantis informou em coletiva de imprensa ter declarado emergência nos condados da costa leste do estado.

Mas a tormenta virou ligeiramente a oeste, entrando no mar, e agora não se espera um golpe direto na península da Flórida.

DeSantis também recomendou à população que "permaneça vigilante" pediu aos moradores para garantir que "tenham um plano de comida, água e remédios para sete dias."

Já o prefeito de Miami-Dade, Carlos Giménez, disse que o condado possui 20 abrigos que ainda não foram ativados.

Giménez disse que, em caso de os abrigos serem necessários — instalados normalmente em ginásios escolares —, as pessoas que testarem positivo para o coronavírus serão albergadas nos salas de aula, uma área que geralmente não se habilita.

"Sim, temos de tomar precauções adicionais devido à covid-19", disse, informando que foram distribuídas máscaras e desinfetantes.

Os centros de testagem para a covid-19 na Flórida estão fechados desde quinta-feira até que seja seguro reabri-los, já que as estruturas de campanha podem não resistir aos ventos de uma tempestade tropical.

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