Mundo

Funcionários da Catalunha devem deixar seus postos em breve

O Executivo espanhol deu "algumas horas" para que os membros do governo regional catalão recolham seus objetos dos escritórios e saiam deles em seguida

Crise: o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, ordenou na sexta-feira a destituição do presidente independentista da Catalunha (Yves Herman/Reuters)

Crise: o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, ordenou na sexta-feira a destituição do presidente independentista da Catalunha (Yves Herman/Reuters)

E

EFE

Publicado em 30 de outubro de 2017 às 09h38.

Madri - O Executivo espanhol deu "algumas horas" para que os membros do governo regional da Catalunha, destituídos na sexta-feira passada, possam recolher seus objetos pessoais dos escritórios oficiais e sair deles em seguida, afirmou nesta segunda-feira o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido.

O objetivo é recuperar a normalidade institucional o mais rápido possível com a "maior discrição" e o princípio de "intervenção mínima", explicou Zoido em entrevista à emissora de televisão "Antena 3".

Zoido também destacou que, "em nenhum momento", o Executivo central planejou a eliminação dos Mossos d'Esquadra, a polícia regional catalã.

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, ordenou na sexta-feira a destituição do presidente independentista da Catalunha, Carles Puigdemont, de todo seu gabinete e outros altos cargos e convocou eleições autônomas para o dia 21 de dezembro, amparado no artigo 155 da Constituição espanhola.

A decisão ganhou autorização do Senado logo depois que o parlamento catalão aprovou em votação secreta uma resolução cujo preâmbulo declarava um "Estado independente em forma de república".

Além disso, Zoido pediu sensatez ao conselheiro catalão de Território e Sustentabilidade, Josep Rull, que foi hoje à sede oficial desse departamento trabalhar e continuar com sua agenda "normalmente" - segundo disse à imprensa - porque isso é o que lhe "encarregou o povo da Catalunha".

A polícia catalã informará ao juiz e ao promotor responsável pelo caso sobre os ex-conselheiros que não abandonarem seus postos de trabalho.

Segundo informaram à Agência Efe fontes policiais, os responsáveis anteriores pela administração pública catalã podem entrar nas dependências oficiais acompanhados de um agente para retirar os seus objetos pessoais.

Depois, caso se neguem a sair, o agente da polícia autônoma tem ordem de levantar um atestado e remetê-lo ao juiz e ao promotor.

Acompanhe tudo sobre:CatalunhaCrise políticaEspanha

Mais de Mundo

Exército de Israel ordena novas evacuações no sul de Israel

Após conversar com chanceler de Maduro, Amorim recebe representantes da oposição neste sábado

Eleições na Venezuela: campanha de Maduro é onipresente, com drones, filme e horas na TV

Trump critica democratas durante encontro com Netanyahu na Flórida

Mais na Exame