Mundo

Funcionário de Macron é investigado por agredir manifestantes

O responsável pela segurança do presidente francês é investigado por se passar por policial e agredir manifestantes nos protestos de 1º de maio

Um vídeo do jornal "Le Monde" mostra Benalla com um capacete de polícia agredindo manifestantes em 1º de maio (Julien De Rosa/Reuters)

Um vídeo do jornal "Le Monde" mostra Benalla com um capacete de polícia agredindo manifestantes em 1º de maio (Julien De Rosa/Reuters)

E

EFE

Publicado em 19 de julho de 2018 às 14h31.

Paris - O Ministério Público da França abriu uma investigação preliminar pelas agressões contra manifestantes de um responsável de segurança da presidência francesa que se fez passar por policial nos protestos de 1º de maio, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes da Justiça do país europeu.

A investigação, segundo as fontes, se refere a supostos "atos de violência por parte de um funcionário do serviço público", "usurpação de função" e "usurpação de símbolos reservados à autoridade pública" cometidos por Alexandre Benalla, que até agora era o encarregado de segurança nas viagens de Emmanuel Macron.

Um vídeo revelado pelo jornal "Le Monde" que mostra Benalla com um capacete de polícia agredindo manifestantes em 1º de maio desencadeou uma tempestade política na França, que o Palácio do Eliseu tentou aplacar hoje, ao assegurar que o funcionário recebeu "a maior sanção jamais vista contra um chefe de missão" da presidência.

Em uma declaração aos veículos de imprensa, o porta-voz do Eliseu, Bruno Roger-Petit, considerou hoje "inaceitável" o comportamento desse responsável, que tinha recebido autorização para participar como "observador" com a polícia no dia 1º de maio e estava oficialmente de folga.

De acordo com Roger-Petit, Benalla "se excedeu amplamente" ao intervir "fisicamente para participar de uma operação de manutenção da ordem".

O porta-voz afirmou que, uma vez que as autoridades tiveram conhecimento dos fatos, Benalla foi convocado pelo chefe de gabinete de Macron, que lhe notificou uma sanção disciplinar de 15 dias de suspensão de emprego e salário e sua destituição como responsável de segurança das viagens presidenciais.

"Esta sanção foi notificada como uma última advertência antes de uma demissão", detalhou Roger-Petit, que acrescentou que Benalla estava acompanhado por um gendarme da reserva, funcionário do partido de Macron e colaborador "muito pontual" do Palácio do Eliseu, que recebeu a mesma sanção.

Acompanhe tudo sobre:Emmanuel MacronFrançaProtestos no mundo

Mais de Mundo

EUA dizem que oposição venceu eleição na Venezuela

Putin recebe 8 prisioneiros russos libertados em troca com o Ocidente

CNE venezuelano suspendeu auditorias que confirmariam se resultados correspondem aos votos

Brasil enviará diplomatas a Caracas, para reforçar suas embaixadas, da Argentina e do Peru

Mais na Exame