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Francisco reconhece que não queria ser papa

Diante de 9 mil estudantes, o papa disse que "uma pessoa que quer ser papa não gosta realmente de si mesma"

O Papa respondeu com simplicidade e tom familiar às perguntas de estudantes de todas as idades (Andreas Solaro/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 11h49.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco brincou nesta sexta-feira com as dificuldades para ser pontífice e diante de 9.000 estudantes de colégios jesuítas de Itália e Albânia reunidos no Vaticano admitiu com franqueza que não queria ser Papa.

"Uma pessoa que quer ser Papa não gosta realmente de si mesma. Eu não queria ser Papa", afirmou o pontífice rindo em resposta à pergunta de um aluno sobre se havia aspirado ao trono de Pedro.

Durante o caloroso e informal encontro, realizado na sala Paulo VI do Vaticano, o primeiro Papa jesuíta da história respondeu com simplicidade e tom familiar às perguntas de estudantes de todas as idades, convocando-os a ser livres, disse.

"Não temam ir contra a corrente", afirmou Francisco após mencionar os valores fundamentais para um jesuíta: "liberdade e serviço".

"Liberdade quer dizer saber refletir sobre o que fazemos, saber avaliar o que é ruim e o que é bom e saber que as condutas que nos fazem crescer são sempre as boas. Nós somos livres para o bem", explicou.

Interrogado sobre as razões pelas quais rejeita viver no luxuoso apartamento papal do Palácio Apostólico dentro do Vaticano, o Papa argentino respondeu primeiro brincando: "por razões psiquiátricas", comentou.

"É um problema de personalidade, preciso viver rodeado de gente, não posso viver só", confessou com um sorriso simpático.

Diante dos estudantes e de personalidades graduadas nas prestigiadas instituições educacionais dos jesuítas, Francisco denunciou as estruturas econômicas injustas que convertem os homens em escravos e convidou os católicos a se comprometerem com a política, "uma das formas mais elevadas de caridade, porque busca o bem comum", explicou.

"O mundo inteiro está em crise", afirmou ao ressaltar que se trata, "principalmente, de uma crise de valores", disse.

"Hoje em dia a pessoa em si não conta, o que conta é o dinheiro", insistiu, ao criticar "a riqueza, a vaidade, o orgulho".

"É preciso se libertar das estruturas econômicas e sociais que nos transformam em escravos", repetiu.

Francisco também esclareceu que, para os cristãos, participar da vida política "é uma obrigação, porque não podemos fazer como Pilatos e lavar as mãos".

"Não é fácil porque o mundo da política é muito sujo", comentou.

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Cidade do Vaticano - O papa Francisco brincou nesta sexta-feira com as dificuldades para ser pontífice e diante de 9.000 estudantes de colégios jesuítas de Itália e Albânia reunidos no Vaticano admitiu com franqueza que não queria ser Papa.

"Uma pessoa que quer ser Papa não gosta realmente de si mesma. Eu não queria ser Papa", afirmou o pontífice rindo em resposta à pergunta de um aluno sobre se havia aspirado ao trono de Pedro.

Durante o caloroso e informal encontro, realizado na sala Paulo VI do Vaticano, o primeiro Papa jesuíta da história respondeu com simplicidade e tom familiar às perguntas de estudantes de todas as idades, convocando-os a ser livres, disse.

"Não temam ir contra a corrente", afirmou Francisco após mencionar os valores fundamentais para um jesuíta: "liberdade e serviço".

"Liberdade quer dizer saber refletir sobre o que fazemos, saber avaliar o que é ruim e o que é bom e saber que as condutas que nos fazem crescer são sempre as boas. Nós somos livres para o bem", explicou.

Interrogado sobre as razões pelas quais rejeita viver no luxuoso apartamento papal do Palácio Apostólico dentro do Vaticano, o Papa argentino respondeu primeiro brincando: "por razões psiquiátricas", comentou.

"É um problema de personalidade, preciso viver rodeado de gente, não posso viver só", confessou com um sorriso simpático.

Diante dos estudantes e de personalidades graduadas nas prestigiadas instituições educacionais dos jesuítas, Francisco denunciou as estruturas econômicas injustas que convertem os homens em escravos e convidou os católicos a se comprometerem com a política, "uma das formas mais elevadas de caridade, porque busca o bem comum", explicou.

"O mundo inteiro está em crise", afirmou ao ressaltar que se trata, "principalmente, de uma crise de valores", disse.

"Hoje em dia a pessoa em si não conta, o que conta é o dinheiro", insistiu, ao criticar "a riqueza, a vaidade, o orgulho".

"É preciso se libertar das estruturas econômicas e sociais que nos transformam em escravos", repetiu.

Francisco também esclareceu que, para os cristãos, participar da vida política "é uma obrigação, porque não podemos fazer como Pilatos e lavar as mãos".

"Não é fácil porque o mundo da política é muito sujo", comentou.

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