Franceses cercam cidade no Mali e aguardam tropas africanas
Chade, Togo e Nigéria, entre outros países, formavam força militar da África Ocidental
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 16h35.
Bamako - Soldados franceses cercaram nesta quinta-feira a cidade de Diabaly, no Mali , mantendo presos rebeldes islamistas que a tomaram três dias atrás, enquanto uma força militar da África Ocidental tomava forma.
Os franceses hesitaram sobre lançar um ataque total à cidade, já que os rebeldes ligados à Al Qaeda haviam se refugiado nas casas de civis.
"Os islamistas ainda estão em Diabaly. Há muitos deles. Todas as vezes que escutam um avião sobrevoando, eles correm para casas, traumatizando as pessoas", disse uma mulher que fugiu da cidade com seus três filhos durante a noite.
A França iniciou as operações terrestres contra uma coalizão islamista que agrupa a ala norte-africana da Al Qaeda, AQIM, e os nativos Ansar Dine e os militantes MUJWA na quarta-feira, depois de seis dias de bombardeios.
O presidente francês, François Hollande, ordenou a intervenção na ex-colônia francesa temendo que os islamistas que tinham dominado o norte pudessem transformar a região em um "Estado terrorista", o que representaria uma ameaça além de suas fronteiras. Eles permanecerão até que a estabilidade retorne, disse.
As forças francesas agora somam cerca de 1.400 soldados, disse nesta quinta-feira o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, e esse número deve subir para 2.500.
A vanguarda de cerca de 900 soldados nigerianos deve chegar à capital malinesa de Bamako nesta quinta-feira, na primeira onda de 2.000 soldados que compõem a força africana, para lutar ao lado dos franceses.
Um comboio de veículos blindados, caminhões de combustível e ambulâncias, além de 200 soldados do Níger, região vizinha ao leste do Mali, também estava posicionado naquela fronteira, disseram testemunhas.
O bloco regional Ecowas recebeu um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma força africana em dezembro, mas um avanço pelo sul dos islamistas neste mês e a subsequente intervenção francesa fizeram com que ela fosse enviada mais cedo do que era planejado.
Ao menos oito países da África Ocidental, incluindo Chade, Togo e Nigéria, prometeram contingentes.
"Vimos nos últimos dias várias tropas operacionais chegando ao território malinês", disse uma autoridade francesa. "Estamos em processo de acelerar o processo que é o plano da ONU bem antes do que era originalmente planejado." TALIBAN AFRICANO Os problemas recentes do Mali começaram com um golpe em Bamako em março passado, que pôs fim a um período de governo democrático estável. Na confusão que se seguiu, forças islamistas tomaram grandes porções do norte e impuseram uma lei rígida remanescente do Afeganistão sob o governo do Taliban.
Especialistas militares dizem que a França e seus aliados africanos agora devem tirar vantagem de uma semana de bombardeios pesados tomando a iniciativa em terra para evitar que os insurgentes fujam para o deserto e se reorganizem.
Diabaly é uma cidade rural com uma população de cerca de 35.000 pessoas, situada a cerca de 360 quilômetros de Bamako e perto da fronteira com a Mauritânia, onde a AQIM tem bases.
Um porta-voz do MUJWA confirmou que suas posições em Diabaly tinham sido atacadas, mas disse que os soldados franceses não tinham entrado na cidade.
O prefeito de Diabaly, Salif Ouedrago, que fugiu na quarta-feira, disse à rádio estatal malinesa: "Houve mortes do lado dos jihadistas. Eles enterraram os seus mortos ontem (quarta-feira)".
Bamako - Soldados franceses cercaram nesta quinta-feira a cidade de Diabaly, no Mali , mantendo presos rebeldes islamistas que a tomaram três dias atrás, enquanto uma força militar da África Ocidental tomava forma.
Os franceses hesitaram sobre lançar um ataque total à cidade, já que os rebeldes ligados à Al Qaeda haviam se refugiado nas casas de civis.
"Os islamistas ainda estão em Diabaly. Há muitos deles. Todas as vezes que escutam um avião sobrevoando, eles correm para casas, traumatizando as pessoas", disse uma mulher que fugiu da cidade com seus três filhos durante a noite.
A França iniciou as operações terrestres contra uma coalizão islamista que agrupa a ala norte-africana da Al Qaeda, AQIM, e os nativos Ansar Dine e os militantes MUJWA na quarta-feira, depois de seis dias de bombardeios.
O presidente francês, François Hollande, ordenou a intervenção na ex-colônia francesa temendo que os islamistas que tinham dominado o norte pudessem transformar a região em um "Estado terrorista", o que representaria uma ameaça além de suas fronteiras. Eles permanecerão até que a estabilidade retorne, disse.
As forças francesas agora somam cerca de 1.400 soldados, disse nesta quinta-feira o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, e esse número deve subir para 2.500.
A vanguarda de cerca de 900 soldados nigerianos deve chegar à capital malinesa de Bamako nesta quinta-feira, na primeira onda de 2.000 soldados que compõem a força africana, para lutar ao lado dos franceses.
Um comboio de veículos blindados, caminhões de combustível e ambulâncias, além de 200 soldados do Níger, região vizinha ao leste do Mali, também estava posicionado naquela fronteira, disseram testemunhas.
O bloco regional Ecowas recebeu um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma força africana em dezembro, mas um avanço pelo sul dos islamistas neste mês e a subsequente intervenção francesa fizeram com que ela fosse enviada mais cedo do que era planejado.
Ao menos oito países da África Ocidental, incluindo Chade, Togo e Nigéria, prometeram contingentes.
"Vimos nos últimos dias várias tropas operacionais chegando ao território malinês", disse uma autoridade francesa. "Estamos em processo de acelerar o processo que é o plano da ONU bem antes do que era originalmente planejado." TALIBAN AFRICANO Os problemas recentes do Mali começaram com um golpe em Bamako em março passado, que pôs fim a um período de governo democrático estável. Na confusão que se seguiu, forças islamistas tomaram grandes porções do norte e impuseram uma lei rígida remanescente do Afeganistão sob o governo do Taliban.
Especialistas militares dizem que a França e seus aliados africanos agora devem tirar vantagem de uma semana de bombardeios pesados tomando a iniciativa em terra para evitar que os insurgentes fujam para o deserto e se reorganizem.
Diabaly é uma cidade rural com uma população de cerca de 35.000 pessoas, situada a cerca de 360 quilômetros de Bamako e perto da fronteira com a Mauritânia, onde a AQIM tem bases.
Um porta-voz do MUJWA confirmou que suas posições em Diabaly tinham sido atacadas, mas disse que os soldados franceses não tinham entrado na cidade.
O prefeito de Diabaly, Salif Ouedrago, que fugiu na quarta-feira, disse à rádio estatal malinesa: "Houve mortes do lado dos jihadistas. Eles enterraram os seus mortos ontem (quarta-feira)".