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Francês que aparece em vídeo de decapitação é identificado

França confirmou que jovem de 22 anos integrava grupo do Estado Islâmico que decapitou 20 homens, entre eles um refém americano


	Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar refém
 (Ho/AFP)

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar refém (Ho/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 09h45.

Paris - A França confirmou nesta segunda-feira que um jovem francês de 22 anos, identificado como Maxime Hauchard, fazia parte do comando do Estado Islâmico (EI) que aparece em um vídeo no qual os terroristas decapitam 20 homens, entre eles o refém americano Peter Kassig.

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que os serviços secretos franceses (DCRI) estabeleceram que "há uma forte presunção" de que um dos executores seja Hauchard, de 22 anos, procedente de uma cidade do departamento de Eure, em Normandia (noroeste).

Cazeneuve, em um comparecimento perante os meios de comunicação, explicou que este jovem convertido ao Islã, que era alvo de acompanhamento por parte dos serviços secretos, tinha ido à Síria em agosto de 2013 e que antes tinha estado na Mauritânia em 2012.

Em agosto deste ano, o jovem tinha dado uma entrevista via Skype à rede de televisão francesa "BFM TV" desde a cidade síria de Raqqah, na qual sublinhava seu desejo de "morrer como um mártir".

O titular de Interior francês ressaltou que com os elementos apresentados pela polícia, são as autoridades judiciais que devem "tirar as conclusões".

De fato, a "BFM TV" indicou que a justiça tinha aberto em 20 de agosto um procedimento contra si por terrorismo.

Cazeneuve indicou que a "França, junto a seus parceiros europeus e internacionais, prossegue sem descanso e com determinação, sua luta contra as ações terroristas", tanto mediante sua participação na operação militar contra o EI no Iraque, como em seu próprio território com uma nova legislação.

Na sexta-feira, foi publicada uma lei contra o terrorismo que, lembrou o ministro, "reforça o dispositivo tanto preventivo como repressivo". Entre outras coisas, prevê a retirada do passaporte de pessoas suscetíveis a ir ao estrangeiro para se integrar aos grupos jihadistas.

Até agora, as autoridades francesas abriram "uma centena" de procedimentos contra jihadistas franceses, o que supôs a detenção de 138 pessoas, dos quais 90 foram acusados e 65 presos.

Cazeneuve lançou "solenemente" uma mensagem a seus "compatriotas, e em particular aos mais jovens, que são alvo privilegiado da propaganda terrorista, para que abram os olhos à terrível realidade das ações do EI".

"Esses predicadores do ódio -argumentou- devem ser vistos como o que são, criminosos".

A França, através de seu presidente, François Hollande, tinha denunciado ontem como "crimes contra a humanidade" as decapitações do vídeo no qual foram executados, além de Kassig, quase 20 homens apresentados como soldados sírios capturados pelo EI.

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