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França vai ajudar Espanha a receber imigrantes do navio Aquarius

O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, afirmou que vai ajudar a Espanha no acolhimento dos 629 refugiados do navio recusado pela Itália e Malta

A Itália e a Malta se recusaram a receber os imigrantes do navio Aquarius (Antonio Parrinello/Reuters)

A Itália e a Malta se recusaram a receber os imigrantes do navio Aquarius (Antonio Parrinello/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de junho de 2018 às 12h11.

Paris - O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, disse nesta terça-feira, na Assembleia Nacional, que o governo do país está disposto a ajudar a Espanha no acolhimento dos 629 refugiados que viajavam a bordo do "Aquarius", navio que teve o desembarque negado pelo Itália e Malta.

"Evidentemente estamos dispostos a ajudar as autoridades espanholas a acolher e analisar a situação dos que poderiam se beneficiar do status de refugiado", respondeu Philippe ao ser questionado por um deputado do República em Movimento, partido do presidente do país, Emmanuel Macron.

Mais cedo, o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, antecipou que Macron elogiou a atitude do governo da Espanha e determinou que o Escritório Francês de Proteção de Refugiados e Apátridas (Ofpra) colabore com o país vizinho no recebimento dos imigrantes.

O primeiro-ministro afirmou que tem consciência das dificuldades de alguns países europeus em receber os imigrantes, mas criticou o governo da Itália por não respeitar as obrigações impostas pelas leis internacionais em questão de "segurança das pessoas".

Philippe também afirmou que a França trabalha em outras frentes para diminuir o número de imigrantes que partem rumo à Europa, citando a atuação do país no Mali, Sahel e no sul da Líbia.

Para o premiê, esse novo capítulo da crise migratória no Mediterrâneo prova que a resposta ao problema deve ser conjunta, pensada pela União Europeia, e não apenas por um único país.

Por esse motivo, Phillipe afirmou que a França fará propostas concretas na próxima semana em um encontro entre ministros do país e da Alemanha e também na próxima cúpula do Conselho Europeu.

"Nem todos os países querem uma solução coletiva. Será difícil, mas esse é o objetivo da França", afirmou.

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