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França utiliza todos os recursos para bloquear acordo UE-Mercosul, diz ministro

Comissão Europeia, que negocia em nome de todos os países da UE, parece decidida a assinar o tratado comercial com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai até o final do ano

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 10h56.

Última atualização em 14 de novembro de 2024 às 10h56.

A França mobiliza "todos os meios" para bloquear a adoção do acordo entre a União Europeia (UE) e os países do Mercosul, afirmou nesta quinta-feira, 14, o ministro da Economia, Antoine Armand, no momento em que os agricultores franceses preparam novos protestos.

"Usamos todos os meios, inclusive meios institucionais e de votação a nível europeu, para que o (acordo do) Mercosul não seja aprovado na sua forma atual", disse Armand durante uma entrevista à SudRadio.

Líderes de toda classe política e do setor agropecuário da segunda maior economia da UE se mobilizaram, com uma unanimidade incomum, contra a assinatura do acordo, em nome da defesa da agricultura e do meio ambiente.

A Comissão Europeia, que negocia em nome de todos os países da UE, parece decidida a assinar o tratado comercial com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai até o final do ano.

Para bloquear a decisão, a França tenta convencer os outros 26 países da UE para reunir uma minoria de bloqueio no Conselho, uma instância que reúne os governos do bloco, diante da pressão da Alemanha e da Espanha, que desejam a adoção do acordo.

"Estamos trabalhando com os países europeus para fazê-los entender o perigo que este acordo representa", destacou o ministro francês. "É inaceitável e intolerável para os nossos agricultores", acrescentou.

Mais de 600 parlamentares franceses (deputados, senadores e deputados europeus) enviaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para manifestar sua oposição ao tratado.

Os sindicatos agropecuários convocaram manifestações a partir da próxima semana, menos de um ano após uma mobilização histórica, contra o acordo, que começou a ser negociado há mais de duas décadas.

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