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França tratará segurança em trens com países vizinhos

O secretário de Transportes anunciou que na França foi decidido criar um telefone para o público avisar sobre qualquer incidência nas estações ou nos trens

Policial belga patrulha plataforma de trem da Thalys: "Não se pode imaginar que ponhamos controles em todas as estações" quando "a cada dia circulam na França entre 12 mil e 13 mil trens" (Reuters / Francois Lenoir)
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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 13h54.

Paris - O secretário de Estado de Transportes francês , Alain Vidalies, anunciou nesta segunda-feira que "nos próximos dias" irá manter reuniões com os países vizinhos" para decidir novas medidas" de segurança nos trens internacionais, após o ataque de sexta-feira no Thalys que faz a rota Amsterdam-Paris.

Vidalies, em entrevista à emissora "France Info", citou Bélgica, Holanda e Alemanha, que são os países pelos quais circulam os trens Thalys.

O presidente francês, François Hollande, tinha falado pouco antes de uma reunião entre ministros do Interior. O departamento francês de Interior não confirmou, por enquanto, a informação oferecida pelo canal "BFM TV" de que essa reunião possa ocorrer no próximo sábado, nem ventilou os países que participariam.

Vidalies anunciou que na França foi decidido criar um número de telefone para que o público possa avisar sobre qualquer incidência nas estações ou nos trens e que serão reforçados "os controles aleatórios das bagagens", como uma das respostas concretas.

O secretário de Estado descartou os controles sistemáticos na entrada dos trens porque "não se pode fazer o mesmo que ocorre no transporte aéreo", já que a cada ano há 2 bilhões de passageiros de trem na França, frente a 140 milhões de aviação.

"Não se pode imaginar que ponhamos controles em todas as estações" quando "a cada dia circulam na França entre 12 mil e 13 mil trens", argumentou.

O presidente da Sociedade Nacional de Ferrovias da França (SNCF), Guillaume Pépy, insistiu ao canal "BFM TV" que se houvesse controle de passageiros e de suas bagagens, seria preciso multiplicar por 20 as medidas feitas nos aeroportos.

"A resposta adequada são os serviços de inteligência" porque "os terroristas que atuam de forma individual podem atentar em qualquer lugar", argumentou Pépy, após reiterar que vão ser realizados controles aleatórios de bagagens mais frequentes e pedirá aos passageiros que estejam atentos.

Uma porta-voz da SNCF precisou à Agência Efe que no ano passado os trens de alta velocidade (TGV) transportaram 129 milhões de passageiros.

Desses 129 milhões, 29,7 milhões corresponderam a trens internacionais, como os Thalys que conectam com a Bélgica, Holanda e Alemanha (6,9 milhões), ou os que vão à Suíça, Itália, Espanha e Reino Unido.

De todos eles, unicamente os viajantes que utilizam o Eurostar para Londres têm que passar um controle de passageiros (o Reino Unido não pertence ao espaço Schengen) e ao mesmo tempo têm que passar suas malas pelo scanner antes de embarcar.

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Paris - O secretário de Estado de Transportes francês , Alain Vidalies, anunciou nesta segunda-feira que "nos próximos dias" irá manter reuniões com os países vizinhos" para decidir novas medidas" de segurança nos trens internacionais, após o ataque de sexta-feira no Thalys que faz a rota Amsterdam-Paris.

Vidalies, em entrevista à emissora "France Info", citou Bélgica, Holanda e Alemanha, que são os países pelos quais circulam os trens Thalys.

O presidente francês, François Hollande, tinha falado pouco antes de uma reunião entre ministros do Interior. O departamento francês de Interior não confirmou, por enquanto, a informação oferecida pelo canal "BFM TV" de que essa reunião possa ocorrer no próximo sábado, nem ventilou os países que participariam.

Vidalies anunciou que na França foi decidido criar um número de telefone para que o público possa avisar sobre qualquer incidência nas estações ou nos trens e que serão reforçados "os controles aleatórios das bagagens", como uma das respostas concretas.

O secretário de Estado descartou os controles sistemáticos na entrada dos trens porque "não se pode fazer o mesmo que ocorre no transporte aéreo", já que a cada ano há 2 bilhões de passageiros de trem na França, frente a 140 milhões de aviação.

"Não se pode imaginar que ponhamos controles em todas as estações" quando "a cada dia circulam na França entre 12 mil e 13 mil trens", argumentou.

O presidente da Sociedade Nacional de Ferrovias da França (SNCF), Guillaume Pépy, insistiu ao canal "BFM TV" que se houvesse controle de passageiros e de suas bagagens, seria preciso multiplicar por 20 as medidas feitas nos aeroportos.

"A resposta adequada são os serviços de inteligência" porque "os terroristas que atuam de forma individual podem atentar em qualquer lugar", argumentou Pépy, após reiterar que vão ser realizados controles aleatórios de bagagens mais frequentes e pedirá aos passageiros que estejam atentos.

Uma porta-voz da SNCF precisou à Agência Efe que no ano passado os trens de alta velocidade (TGV) transportaram 129 milhões de passageiros.

Desses 129 milhões, 29,7 milhões corresponderam a trens internacionais, como os Thalys que conectam com a Bélgica, Holanda e Alemanha (6,9 milhões), ou os que vão à Suíça, Itália, Espanha e Reino Unido.

De todos eles, unicamente os viajantes que utilizam o Eurostar para Londres têm que passar um controle de passageiros (o Reino Unido não pertence ao espaço Schengen) e ao mesmo tempo têm que passar suas malas pelo scanner antes de embarcar.

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