o candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélechon: após ser derrotado no primeiro turno, se negou a apoiar os outros dois candidatos (Pascal Rossignol/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de maio de 2017 às 16h12.
Última atualização em 7 de maio de 2017 às 18h46.
Paris - Quase 12% dos votos no segundo turno das eleições presidenciais da França neste domingo foram nulos e brancos, segundo as primeiras projeções dos institutos de pesquisas publicadas após o fechamento das urnas, o que representa um recorde nos pleitos do país durante a V República.
De acordo com o Instituto Ipsos, os votos brancos e nulos - que são contabilizados na participação, mas não no resultado - totalizaram 4,2 milhões de pessoas.
Os quase 12% registrados hoje ficam muito acima dos 5,82% do segundo turno das eleições presidenciais de 2012, quando o socialista François Hollande venceu o conservador Nicolas Sarkozy.
Um dos elementos por trás do resultado histórico de brancos e nulos está a posição do candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélechon, que, após ser derrotado no primeiro turno, se negou a apoiar os outros dois candidatos. Além disso, ele pediu que seus seguidores não votassem nem em Macron, nem em sua adversária, a líder da extrema direita Marine Le Pen.
Os analistas políticos também tinham indicado que a atitude de Mélechon provocaria um maior índice de abstenção no pleito. O voto não é obrigatório na França.
Segundo as projeções dos institutos de pesquisa, o nível de participação no segundo turno hoje foi o menor desde as eleições presidenciais de 1969, ficando entre 74% e 75%.