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França pressiona Rússia sobre Síria após mais mortes

Crise humanitária está cada vez pior em duas áreas controladas por rebeldes e Macron pressionou Putin a fazer tudo que puder para amenizar a situação

França: Macron pediu que Rússia acabe com uma emergência humanitária em Ghouta Ocidental e Idlib (Philippe Wojazer/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 16h43.

Beirute/Paris - A França exortou a Rússia a fazer o governo da Síria amenizar uma crise humanitária cada vez pior em duas áreas controladas por rebeldes, enquanto mais ataques aéreos alvejaram as regiões nesta sexta-feira, elevando o saldo de mortes de uma das semanais mais letais da guerra civil no país.

O Exército do presidente sírio, Bashar al-Assad, que conseguiu uma vantagem clara na guerra com ajuda russa e iraniana, está bombardeando duas das últimas áreas rebeladas do país, Ghouta Ocidental, perto de Damasco, e Idlib, no nordeste, próxima da fronteira com a Turquia.

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Ataques aéreos mataram seis pessoas em Ghouta Ocidental, um bolsão de cidades e terras de cultivo a leste de Damasco onde o saldo de mortes subiu para mais de 230 nos últimos quatro dias, a semana mais sangrenta na área desde 2015, de acordo com o grupo de monitoramento Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Bombardeios mataram outras sete pessoas em um vilarejo de Idlib.

O conflito entre várias partes também se desenrola em outras frentes.

A Turquia está realizando uma grande ofensiva na região de Afrin, no noroeste sírio, onde Ancara visa forças curdas que diz serem uma ameaça à sua segurança. Os turcos retomaram seus ataques aéreos contra Afrin de quinta para sexta-feira.

A diplomacia não tem obtido avanços rumo ao fim de uma guerra que se aproxima de seu oitavo ano, tendo matado centenas de milhares de pessoas e forçado metade da população pré-conflito de 23 milhões de habitantes a fugir de casa e outros milhões a buscarem refúgio em outros países.

Em uma conversa por telefone, o presidente francês, Emmanuel Macron, pressionou seu colega russo, Vladimir Putin, a fazer tudo que puder para que Damasco acabe com uma emergência humanitária em Ghouta Ocidental e Idlib, informou o Palácio do Eliseu em um comunicado.

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