Pista do aeroporto de Benghazi, na Líbia: premiê não disse quando Turquia assume controle (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2011 às 17h54.
Paris - A França está pressionando pela aprovação na Otan da ampliação dos ataques militares contra o Exército de Muammar Gaddafi para incluir alvos estratégicos, com o objetivo de tentar romper o impasse na guerra civil da Líbia.
A pressão ocorre enquanto França e Grã-Bretanha, que lideram a campanha na Líbia, se esforçam para que seus parceiros na coalizão aumentem sua participação ou contribuam de forma mais ativa.
Os Estados Unidos e seus aliados europeus na Otan rejeitaram os pedidos da França e da Grã-Bretanha na quinta-feira para que contribuam de forma mais ativa com os ataques na Líbia. Fontes militares disseram que nem Paris nem Londres planejam enviar aeronaves adicionais para a operação.
A França usou helicópteros militares para disparar contra veículos blindados em uma intervenção recente na Costa do Marfim, o que acelerou a queda do ex-presidente Laurent Gbagbo.
Mas não tomou nenhuma iniciativa para empregá-los na Líbia, onde seriam alvos fáceis para o Exército de Gaddafi.
Dois porta-helicópteros anfíbios franceses estão atualmente em bases do porto de Toulon e do Oceano Índico, informa a Marinha.
Embora o foco permaneça nos ataques aéreos promovidos pelos caças, o ministro da Defesa da França, Gerard Longuet, disse na sexta-feira que o alvo deveria passar das bases militares de Gaddafi para os centros de decisão e logística.
Longuet disse à televisão LCI que os ataques deveriam se concentrar nos "centros de decisão militar na Líbia ou em estações de logística que hoje estão sendo poupados". Uma fonte militar francesa disse que o próximo passo é tentar chegar a um acordo sobre isso.
"Nós já atingimos alvos militares. Queremos atingir mais alvos e alvos mais estratégicos", disse a fonte. "Atingimos muitos tanques e aviões, podemos prosseguir em outros alvos. A idéia é enfraquecer Gaddafi batendo cada vez mais duro... para atacar onde mais dói, mas evitando dano colateral."
"Agora queremos que os países da coalizão concordem sobre os outros alvos", acrescentou a fonte.
As forças da Otan têm cerca de 195 aeronaves, incluindo caças e aviões-tanque para reabastecimento, à sua disposição para as operações na Líbia. Cerca de metade foi fornecida pela França e pela Grã-Bretanha.