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França pede que EUA esclareçam veto migratório de Trump

O país "segue em contato com as autoridades americanas com o objetivo de esclarecer o impacto destas medidas"

Donald Trump: o governo francês analisou "alguns casos" (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: o governo francês analisou "alguns casos" (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 14h40.

Paris - A França disse nesta segunda-feira que está em contato com as autoridades americanas para tentar esclarecer o impacto das restrições de entrada nos Estados Unidos a cidadãos de sete países decretadas pelo presidente Donald Trump.

Um porta-voz do Ministério de Exteriores da França afirmou à Agência Efe que o país "segue em contato com as autoridades americanas com o objetivo de esclarecer o impacto destas medidas para as diferentes categorias de viajantes".

O porta-voz indicou que o governo francês analisou "alguns casos" de viajantes com destino aos Estados Unidos que não puderam embarcar no avião, aos quais ofereceu "as informações que dispunham".

Em mensagem em sua página na internet, o Ministério das Relações Exteriores da França insistiu que "não foram identificadas com clareza todas as consequências práticas" do decreto de Trump.

Em todo caso, a medida também afeta os franceses com dupla nacionalidade de algum dos sete países do decreto (Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália, Iêmen e Iraque), a quem o Ministério recomenda não viajar aos EUA mesmo que tenham visto americano.

Além disso, em caso de dúvida, os viajantes devem consultar as autoridades consulares americanas na França.

A companhia francesa Air France explicou que no último fim de semana teve que barrar 15 de seus passageiros com nacionalidade de alguns desses sete países que fariam conexão em Paris para viajar aos EUA e ressaltou que todas as companhias aéreas "fizeram o mesmo".

"Não temos outra opção", afirmou uma porta-voz da Air France, que lembrou que estão obrigados pela Convenção de Chicago.

O presidente da França, François Hollande, em uma conversa telefônica com Trump no último sábado, ressaltou que a defesa da democracia implica o respeito dos princípios nos quais se sustenta, "em particular, a amparada dos refugiados".

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