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França nega possível resposta militar ao governo russo

Chanceler francês disse que a Polônia solicitou uma reunião da Otan, porque se sente ameaçada pela movimentação militar na Ucrânia

Homem armado, que se acredita estar a serviço da Rússia, monta guarda no em frente a uma área militar ucraniana na vila de Perevalnoye (Vasily Fedosenko)

Homem armado, que se acredita estar a serviço da Rússia, monta guarda no em frente a uma área militar ucraniana na vila de Perevalnoye (Vasily Fedosenko)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2014 às 13h36.

Paris - Uma possível ação militar em resposta à decisão da Rússia de enviar tropas para o território ucraniano é considerada pela França, afirmou neste domingo, o chanceler francês, Laurent Fabius. Em entrevista a uma rede de televisão local, Fabius disse que a Polônia solicitou uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), porque se sente ameaçada pela movimentação militar na Ucrânia.

Questionado sobre a possibilidade do país intervir militarmente na Ucrânia, o chancelar respondeu que "Hoje, está não é uma hipótese". Ele defendeu, assim como os Estados Unidos, o isolamento de Moscou no cenário mundial e exigiu que a Rússia permita que observadores internacionais investiguem se, de fato, os residente de origem russa na Crimeia estariam sendo ameaçados.

O ministro das Relações Exteriores francês também pediu que as potências mundiais suspendam os preparativos da próxima cúpula do G8, em Sochi, onde a Rússia recentemente sediou os Jogos Olímpicos de Inverno.

A atitude da França, avaliam especialista, de pressionar diplomaticamente o governo russo, mostra como o país e seus aliados ocidentais são cautelosos em tomar qualquer ação que possa levar a um confronto militar direto com a Russio. O ministro não respondeu a perguntas sobre se a resposta de Paris a Mascou seria amena, afirmando apenas que "os russos querem fazer parte da comunidade internacional".

O chanceler refutou também as alegações russas de que os países ocidentais teriam orquestrado de forma ilegal a destituição do presidente Viktor Yanukovych, bem como a nomeação de Arseniy Yatsenyuk para assumir o governo interino em Kiev. Fonte: Dow Jones Newswires.

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