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França minimiza efeito do embargo do petróleo do Irã

País afirmou que decisão terá impacto reduzido, pois empresas francesas já haviam suspendido as compras de petróleo iraniano

Refinaria de petróleo de Lavan, no Irã (Behrouz Mehri/AFP)

Refinaria de petróleo de Lavan, no Irã (Behrouz Mehri/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 15h35.

Paris - O Ministério das Relações Exteriores francês minimizou a decisão do Irã de parar as exportações de petróleo para a França, parte do aumento das tensões entre a república islâmica e o Ocidente sobre as ambições nucleares de Teerã. O ministério afirmou que a decisão tem impacto reduzido, uma vez que as empresas de petróleo francesas já suspenderam as compras de petróleo iraniano por causa das sanções aprovadas pela União Europeia no mês passado - que tem como alvo os ativos do Banco Central do Irã e se destinam ao embargo às importações do Irã pelo bloco em julho.

O porta-voz do ministério, Vincent Floreani, disse que as sanções visam a persuadir o "Irã a retomar negociações sobre seu programa nuclear".

Jean-Louis Schilansky, presidente da Associação do Setor Petrolífero da França (UFIP), disse que a medida iraniana foi mais "psicológica" e feita para mandar um sinal aos mercados. "Na verdade, eles estão mantendo a tensão muito alta. O prêmio de risco, que é o preço do petróleo no momento, está de uma forma que vai ficar porque os iranianos não vão facilitar a situação", disse. "Nesse caso, você poderia prever que o preço do petróleo vai continuar muito alto, acima de US$ 120 o barril".

Schilansky lembrou que a quantidade de petróleo afetada pelo novo embargo contra a França e o Reino Unido será "mínimo", mas ainda há incerteza sobre como outros países como a Grécia, a Espanha e a Itália - que importam muito mais petróleo do Irã - vão lidar com a situação se ela piorar. As informações são da Associated Press.

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