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França manterá intervenção no Iraque apesar da ameaça do EI

O primeiro-ministro da França disse que o país manterá ação no Iraque, apesar da ameaça de grupo ligado ao Estado Islâmico

Primeiro-ministro da França, Manuel Valls: grupo sequestrou francês na Argélia (Gonzalo Fuentes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h56.

Paris - O primeiro-ministro da França , Manuel Valls, assegurou nesta terça-feira que seu país vai manter sua intervenção no Iraque apesar da ameaça lançada pelo grupo Yamaat Jund al Jilafa, vinculado ao Estado Islâmico (EI), de que mataria o francês sequestrado na Argélia caso não cessasse a operação.

"A França é uma grande nação que assume totalmente suas responsabilidades", declarou Valls à emissora "Europe 1" de Berlim, onde se encontra em visita oficial.

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O chefe do governo francês sustentou que não haverá "nenhuma negociação nem discussão" com os terroristas, e ressaltou que o país atua em total concertação com as autoridades argelinas com o objetivo de libertar seu compatriota.

Hervé Gourdel, de 55 anos de idade e guia de montanha, foi sequestrado neste domingo na Cabília argelina, a uma centena de quilômetros ao leste de Argel.

Em um vídeo divulgado ontem em foros da internet, os extremistas ameaçaram matá-lo em um prazo de 24 horas caso a França não detivesse sua ofensiva no Iraque.

"Perante o terrorismo, que joga com o terror, com o medo, é preciso ser particularmente determinado. (...) Se cedemos, lhe damos uma vitória", afirmou Valls na capital alemã, insistindo que, embora "preocupados" pelo destino de Gourdel, "não se deve ceder nunca à chantagem".

O primeiro-ministro, que amanhã defenderá na Assembleia Nacional francesa a decisão de intervir no Iraque, deixou claro também que "a França não pode ter medo daqueles que a ameaçam".

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